Núcleo de Biologia Vascular da SPACV organiza curso sobre farmacoterapia local
O Núcleo de Biologia Vascular (NBV) da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) realiza esta sexta-feira, 9 de setembro, no Hotel Rural Quinta do Novais, localizado junto aos Passadiços do Paiva, em Arouca, um curso sobre “Farmacoterapia de atuação local em terapêutica endovascular”.
Em declarações à Just News, Frederico Bastos Gonçalves, que tomará posse em breve como secretário-geral da SPACV e é coordenador do NBV e deste Curso, explica que o principal objetivo da iniciativa é promover o conhecimento na temática da farmacoterapia local, aplicada à patologia arterial obstrutiva e à patologia tromboembólica venosa.
“Encontram-se hoje disponíveis alternativas endovasculares utilizando farmacoterapia local com o propósito de melhorar os resultados imediatos e tardios de diferentes procedimentos vasculares reconstrutivos. Estas são aplicáveis a uma multiplicidade de patologias, arteriais e venosas”, adianta o assistente hospitalar do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, e professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa.
De acordo com o especialista, é necessário um conhecimento aprofundado dos benefícios e limitações destas terapêuticas para promover uma prática segura, eficaz e com custo-benefício favorável.
Uma das sessões deste curso será subordinada ao tema “Fármacos de atuação local na parede arterial” e terá como foco a farmacoterapia local adjuvante de procedimentos arteriais de revascularização.
Frederico Bastos Gonçalves com restantes elementos da Direção da SPACV para o biénio 2016-2018: João Pedro Almeida Pinto (tesoureiro), José Daniel Menezes (presidente) e Armando Mansilha (vice-presidente).
Falar-se-á sobre infusão local por cateter de substâncias trombolíticas. Segundo Frederico Bastos Gonçalves, pretende-se, com isso, por um lado, “proporcionar a aquisição de conhecimentos relativos às especificidades desta modalidade terapêutica”, assim como apresentar diferenças de abordagem na doença arterial e na doença venosa, compreender as limitações relativas à técnica e apresentar protocolos de atuação com terapêutica fibrinolítica dirigida.
Haverá espaço para uma mesa-redonda centrada em aspetos práticos relativos a aplicações terapêuticas específicas de farmacoterapia de ação local.
Por fim, terá lugar uma sessão com o tema “Aplicações off-label e direções futuras” que tem como aspiração apresentar as possíveis aplicações ainda não aprovadas para os dispositivos e técnicas de farmacoterapia local, aspetos éticos e médico-legais dos mesmos, assim como a investigação desenvolvida nestas indicações. Pretende-se ainda apresentar o panorama dos pipelines de desenvolvimento dentro da temática do curso.
O curso está acreditado pela Ordem dos Médicos e tem uma avaliação obrigatória no final. O programa pode ser consultado aqui.