Núcleo de Medicina Interna dos Hospitais Distritais continua a ter papel importante na formação

Apesar de existirem apenas dois hospitais no país com a designação “distrital”, para Abílio Gonçalves, vice-presidente do Núcleo de Medicina Interna dos Hospitais Distritais, é inquestionável o papel importante que este organismo continua a ter na formação de internos da especialidade e, não sendo concorrente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), tem “algum paralelismo” com a mesma. Aquele responsável falava na cerimónia de abertura da 22.ª Reunião do Núcleo.

“A razão de ser do Núcleo parece continuar a existir”, frisou, justificando que o facto de esta edição da reunião ter contado com a presença de mais de 200 participantes, com diversas comunicações de internos, e de mais de uma centena de inscritos nos cursos pré-congresso é a prova da sua vitalidade.



Já Manuel Teixeira Veríssimo, presidente da SPMI, afirmou que os hospitais distritais têm uma cultura e um trabalho que “merece ser enaltecido e tratado a nível do panorama português”, sendo, por isso, fundamental que estas reuniões continuem a existir.

Aquele responsável sublinhou que, “ao contrário do que se pensava há alguns anos”, a Medicina Interna tem hoje um papel cada vez mais presente na saúde em Portugal, quer nos hospitais distritais, quer nos centrais.



“Atualmente, apenas os hospitais da Figueira da Foz e de Santarém mantêm o nome distrital. Todos os que existiam foram mudando de nome e até mesmo a caracterização do que era um hospital distrital foi-se alterando ao longo dos tempos”, disse Abílio Gonçalves, recordando que houve épocas em que o Núcleo foi crescendo porque estas unidades hospitalares tinham capacidade e possibilidades de formação diferentes das dos hospitais centrais.

Manuel Teixeira Veríssimo aproveitou a ocasião para adiantar que a SPMI criou recentemente um centro de formação na sede da Sociedade. O mesmo pretende dar formação in loco e está a iniciar no terreno cursos de elearning para conseguir chegar a todos os interessados.

A Sociedade criou também um centro de investigação (que será presidido pelo internista Carlos Vasconcelos), uma estrutura que tem como objetivo ajudar todos aqueles que nos hospitais distritais ou não distritais precisarem de apoio para realizar trabalhos locais ou multilocais. O próximo passo é indexar a sua revista à PubMed, que, atualmente, já está indexada à Scielo.



Além de Abílio Gonçalves e Manuel Teixeira Veríssimo, a cerimónia de abertura contou com as presenças de Pedro Beja Afonso, presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz, Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, João Manuel Bento Pinto, presidente da Reunião, e Amélia Pereira, diretora do Serviço de Medicina I do Hospital Distrital da Figueira da Foz.





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