Nutrição Parentérica: 1.ª unidade de compounding industrial em Portugal é «um marco histórico»

"Hoje é verdadeiramente um dia feliz para nós", afirmou Glenn Luís, diretor geral da Fresenius Kabi Portugal, na inauguração da primeira unidade de compounding industrial em Portugal, localizada em Tondela.


Instalações da nova unidade da Fresenius Kabi Portugal

Perante uma plateia que juntou representantes de variadas entidades de saúde e profissionais de diferentes áreas, Glenn Luís não escondeu o "enorme orgulho e satisfação" por, "em conjunto, assinalarmos mais um marco histórico no percurso de desenvolvimento da nossa empresa".


Glenn Luís

A cerimónia, que decorreu dia 20 de setembro, permitiu assinalar a "inauguração oficial da primeira unidade de compounding industrial de misturas intravenosas para nutrição parentérica em Portugal". Uma novidade que merece todo o destaque, como explicou o responsável:

"Com a criação desta unidade, é dado mais um passo no nosso plano estratégico industrial, que foi aprovado em plena pandemia e que representa um investimento global de mais de 30 milhões de euros. Por isso, repito, estamos muito felizes."

Mais relevante se torna ainda "quando temos um cenário macroeconómico desafiante, como o que atualmente vivemos". Assim, na sua opinião, "é ainda mais importante parar e olhar para o que fazemos de bom em Portugal. Este é certamente um bom exemplo, mas temos muitos outros."



Na sua intervenção, Glenn Luís fez igualmente questão de "assinalar o SNS, que recentemente celebrou 40 anos e que, apesar de estar a enfrentar tempos conturbados, continua a contar com excelentes profissionais, que garantem um serviço público de acesso universal".

800 pessoas, 80 países: "medicamentos de elevada qualidade"

Para o diretor geral da Fresenius Kabi Portugal, "é um orgulho pertencer a esta empresa de origem alemã, que olha para Portugal como uma referência mundial na produção de medicamentos e que há mais de 20 anos investe continuamente no nosso país".

Um investimento que não acontece por acaso, "porque temos provas dadas", como sublinhou Glenn Luís, recordando que, "na Fresenius Kabi Portugal, diariamente mais de 800 pessoas contribuem ativamente para produzir e comercializar medicamentos de elevada qualidade para mais de 80 países em todo o mundo".

Ao reforçar o seu portfólio de nutrição clínica, "com a preparação de fórmulas magistrais personalizadas para nutrição parentérica e ainda um programa de apoio domiciliário", o objetivo anunciado "é sempre o mesmo: contribuir para a melhoria da qualidade de vida e conforto dos nossos doentes."


Em diferentes intervenções ficaram evidentes as mais valias desta nova unidade

"Uma solução integrada de produtos e serviços"


"Além de trazermos, mais uma vez, tecnologia de ponta para a nossa unidade, criamos mais emprego qualificado", salientou o responsável pela empresa em Portugal, acrescentando: "Passamos a oferecer aos nossos parceiros uma solução integrada de produtos e serviços na área da nutrição clínica."

E em que consiste essa solução? "Esta novidade permite que os nossos hospitais públicos possam ter a solução segura e de elevada qualidade nesta área tão crítica, libertando por exemplo, farmacêuticos hospitalares para outras funções de maior valor acrescentado. Mas também permite à classe médica ter soluções flexíveis à medida das necessidades específicas de cada doente. Isto é o que sabemos fazer e queremos continuar a fazer. É o nosso compromisso para com os portugueses."



Projeto inovador "numa óptica de serviço ao SNS"

Rui Ivo, presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, foi um dos vários oradores convidados para a inauguração desta unidade, salientando "que vai fabricar medicamentos manipulados, nomeadamente, bolsas parentéricas para os hospitais do SNS e também para a sua disponibilização junto dos doentes que são tratados ao domicilio".


Rui Ivo

O responsável fez questão de felicitar a Fresenius por este investimento, "não apenas numa óptica empresarial, mas também numa óptica de serviço ao SNS, de serviço aos doentes, de serviço aos profissionais de saúde".

Considerou mesmo que "esse é, de facto, o aspeto mais relevante, pois trata-se efetivamente de uma atividade inovadora, que também nos obrigou, em termos regulamentarees, a encontrar o enquadramento devido". 


Além de Rui Ivo, a cerimónia contou com a intervenção de diversos especialistas e responsáveis de várias entidades

"O compounding é especial"

A encerrar a cerimónia, João Carlos Serra, diretor de Marketing e Vendas da Fresenius Kabi Portugal, começou por reconhecer tratar-se de "uma tarefa árdua conseguir resumir as excelentes apresentações", fazendo alusão aos "excelentes contributos que foram feitos durante esta festa, que é facto a inauguração da primeira unidade de compounding da indústria portuguesa.”

Esclarecendo que "a Fresenius Kabi é uma empresa transversal dentro do mercado farmacêutico nacional", salientou tratar-se de uma empresa que dispõe de um portfólio de "dispositivos médico, de medicamentos, de nutrição clinica, que tem a capacidade de ter parceria praticamente com todas as instituições do SNS e privados e de colaborar de cima a baixo com toda esta panóplia de soluções".


João Carlos Serra

Contudo, "o compounding é especial". E porquê? "Com o compounding temos a oportunidade de fazer uma coisa extraordinária, que é, todos os dias, sabermos qual é que é o impacto do nosso trabalho na vida direta de uma pessoa."

E acrescentou: "Todas as pessoas que, dentro deste projeto, todos os dias se levantam de manhã e vão para a unidade de compounding produzir as bolsas, sabem exatamente para quem é que estão a produzir e a diferença que fazem na vida destes doentes. Estes doentes são muito especiais. São bebés, crianças, adultos. Este é um projeto realmente muito especial."

Afirmando ser "extraordinariamente gratificante", João Carlos Serra fez questão de especificar que, "desde quem produz a quem recebe o pedidos por parte dos hospitais, a quem faz a sua expedição e a quem promove este serviço junto das várias unidades hospitalares, nós sabemos exatamente para quem estamos a fazer".



Ajudar a "libertar farmacêuticos" para outras tarefas 


Recordando o que foi mencionado no painel, o diretor de Marketing e Vendas da Fresenius Kabi Portugal destacou igualmente "as dificuldades que o farmacêutico hospitalar tem naquilo que é a sua atividade normal", sublinhando que "a preparação de uma bolsa de nutrição parentérica não é fácil, não é barato e é bastante time consuming".

Que conclusão se pode tirar? "É importante que os recursos humanos nos hospitais, designadamente, os farmacêuticos, estejam libertos para realizarem outras tarefas que acrescentem valor acrescentado e que estejam um pouco de encontro ao que se pretende que seja o descritivo funcional do farmacêutico, não só no presente, como também no futuro."

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