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O desafio de «satisfazer as necessidades contracetivas da população»

A 5.ª edição da Reunião Anual da Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) decorre nos dias 25 e 26 de setembro, em Lisboa. A presidente do evento, Fátima Palma, ginecologista/obstetra, falou com a Just News sobre alguns dos temas em debate, explicando que os principais desafios na área da contraceção passam por "satisfazer as necessidades contracetivas da população, independentemente da idade, das doenças, da religião e das crenças de cada um".

A contraceção de emergência continua a ser um assunto muito atual e "sobre o qual tem de se falar sempre". Fátima Palma refere que "as mulheres portuguesas usam pouco a contraceção de emergência. Se formos questionar, por exemplo, as falhas de método nas consultas de interrupção de gravidez, chegamos à conclusão de que são poucas as mulheres que usam contraceção de emergência."

Acrescenta que "ainda existem algumas dúvidas, nomeadamente a nível das farmácias e dos farmacêuticos, que são muitas vezes quem faz o aconselhamento acerca da contraceção de emergência". Refere também que "alguns farmacêuticos ainda pensam que a contraceção de emergência tem contraindicações, que tem uma carga hormonal muito importante, que algumas mulheres não a podem utilizar e que se trata de um método abortivo e, por isso, fazem o aconselhamento nesse sentido".

Relativamente ao lema do congresso - “Tempo de mudanças”, a responsável explica que está relacionado com "todas as mudanças que a sociedade tem sofrido nos últimos três a quatro anos e com a escolha de alguns assuntos pouco abordados até agora". E dá alguns exemplos "a sexualidade nos jovens com défice cognitivo, a saúde sexual e reprodutiva nas mulheres com patologia oncológica, as mulheres com patologia reumatológica e o problema da obesidade e a relação com a contraceção".

Entre vários outros temas abordados na entrevista, publicada no Jornal da 5ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa da Contracepção, que será distribuído aos participantes no evento, Fátima Palma adianta quais são as suas expectativas para esta reunião:

"Levar a saúde sexual e reprodutiva e a importância do aconselhamento a todos os especialistas, mas sobretudo trocar experiências e ideias para que todos possamos enriquecer a nossa prática clínica e ir ao encontro das expectativas de cada mulher ou casal que nos procure."



Fátima Palma nasceu em Almada, onde viveu até aos 26 anos. Licenciou-se pela FMUL, tendo depois entrado para a especialidade de Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), onde se mantém. Quando terminou a especialidade, em 1996, integrou uma consulta de grávidas adolescentes, a sua área de eleição. Na altura, já havia um projeto na MAC sobre gravidez na adolescência, do qual Fátima Palma veio a fazer parte. Depois disso, tem estado sempre ligada às áreas do Planeamento Familiar e da Adolescência.

É um dos membros fundadores da SPDC, fazendo atualmente parte da Direção. Além disso, é também membro da Direção da Sociedade Europeia de Contraceção. Nos tempos livres, gosta essencialmente de viajar para destinos desconhecidos, de ler (sobretudo livros de ficção e biografias) e de ouvir música.


O programa e outras informações sobre a 5.ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa da Contracepção podem ser consultadas aqui.








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