Ordem dos Médicos realiza, hoje à noite, na cidade do Porto, um debate sobre «Dignidade no fim da vida»
"A Ordem dos Médicos não pode nem deve ficar indiferente ao debate que está a acontecer na sociedade civil sobre todas as questões relacionadas com a dignidade no fim de vida". É deste modo que o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM), Miguel Guimarães, justifica a realização do debate "Dignidade no fim da vida", que se realiza hoje, às 21h, no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
O debate será moderado pela jornalista Paula Rebelo, e tem já confirmadas as presenças de vários médicos e professores, bem como do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva.
Para Miguel Guimarães, “desde sempre, o ser humano conviveu regularmente com a morte, vivendo a seu lado momentos intensos. Como médicos, e como cidadãos, é nosso dever participar neste debate e discutir ideias em torno de uma matéria tão delicada e complexa, que se relaciona com a dignidade das pessoas perante a morte”.
Segundo o presidente do CRNOM "os médicos, tal como os restantes profissionais de Saúde, não se podem excluir deste debate". E vai mais longe afirmando que "a discussão de temas complexos e fracturantes como a morte assistida, reforçam a necessidade imperiosa de equidade no acesso a cuidados paliativos de qualidade”. Acrescenta ainda: “É essencial centrar o debate da Saúde nas suas ineficiências e necessidades para que em vida possamos ter acesso a cuidados de saúde de qualidade".
De acordo com o presidente da Ordem dos Médicos do Norte, "qualquer debate sobre a dignidade no fim de vida deve incluir o combate à distanásia e a exigência de uma rede de cuidados paliativos altamente diferenciados, que permitam uma morte digna e serena”.
“Para isso, reforça a ideia da necessidade de apostar na qualidade da formação dos profissionais de saúde e nas condições de trabalho em rede ao nível dos recursos humanos e materiais”, sustenta Miguel Guimarães.