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Organizar o XXXVI Congresso Português de Cardiologia é «uma experiência desafiante»

“A Cardiologia foi a opção correta, porque me identifico diariamente com o que faço”, afirma Dulce Brito, cardiologista, professora, investigadora e presidente do XXXVI Congresso Português de Cardiologia, evento que está a decorrer em Albufeira, em entrevista de fundo publicada nesta edição de LIVE Cardiovascular.



Detesta ver-se retratada. Não gosta de dar entrevistas, porém, recebeu a Just News no seu consultório, em Lisboa, onde, num espaço agradável e ao som de música clássica, nos deu a conhecer um pouco de si. Dias depois, Dulce Brito disponibilizou-se para fazer algumas fotografias nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, um espaço com o qual se identifica. Cardiologista, professora, investigadora e vice-presidente da SPC, adora também outro tipo de atividades, como pintar, ler, desenhar e ir ao cinema.

Para si, “viver” é, essencialmente, sentir-se bem com as suas decisões pessoais e profissionais. A família sempre pensou que enveredaria pelas Artes e que seria pintora. No entanto, na hora da decisão, escolheu ser médica. Num minuto. A opção foi correta, identifica-se totalmente com a sua maneira de ser e nunca se cansa de tudo o que faz diariamente.

Um desafio

Relativamente ao XXXVI Congresso Português de Cardiologia, Dulce Brito afirma que "organizar este congresso é uma experiência interessantíssima e, agora sim, emprego o termo ´desafiante`. Emprego-o poucas vezes porque, normalmente, tendo a considerar as coisas como ´fáceis`, sendo apenas necessário, muitas vezes, tempo para a sua prossecução."

Considera que a organização de um congresso como este é um desafio: "Porque não é para mim que o realizo. É para muitas pessoas, para os meus pares. Ele é a imagem de uma sociedade científica, neste caso da SPC, e da Cardiologia nacional. Há muitas premissas envolvidas na sua construção, que levam a decisões que têm de ser muito ponderadas."

Temas a abordar

Quanto ao programa do XXXVI Congresso Português de Cardiologia, refere que "segue três vertentes aplicáveis a qualquer área ou tema dentro da Cardiologia: prevenção, intervenção e inovação" e explica:

Entre a grande variedade de temas a abordar, cito a cardio-oncologia, a prática desportiva, o problema da morte súbita, as doenças valvulares complexas, a inovação trazida pelas técnicas de imagem na abordagem diagnóstica e terapêutica das doenças cardio e cerebrovasculares, as novas técnicas na Cardiologia de Intervenção, a importância da genética na prática cardiológica, etc. Pretendemos que a abordagem dos vários temas se baseie muito na experiência clínica.

Porque é a clínica que leva às nossas atitudes de diagnóstico e terapêutica, quaisquer que elas sejam. Também na área da prevenção este congresso traz inovação. E falo dos vários níveis de prevenção, da primária à quaternária, incluindo os riscos iatrogénicos. As Recomendações e a premência da sua aplicação é outro dos múltiplos temas em foco."


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