Petição com 11 mil assinaturas defende a «igualdade no acesso ao tratamento do cancro do ovário»

Este ano, a associação Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) assinala o Dia Mundial do Cancro do Ovário com a entrega da petição ‘Nenhuma mulher portuguesa com cancro do ovário deixada para trás’ na Assembleia da República. 

A petição, que conta com cerca de 11.000 signatários, foi criada para garantir que "todas as mulheres portuguesas com cancro do ovário têm um acesso equitativo aos tratamentos, o que atualmente não acontece".

A MOG sublinha que, "até há pouco tempo, Portugal era dos únicos países da Europa sem uma opção de tratamento de manutenção em primeira linha, financiada e disponível no Serviço Nacional de Saúde (SNS)". E indica que é certo que esta terapêutica já existe no nosso país, "mas apenas para doentes com mutação genética (sBRCA ou Gbrca)".



Para Cláudia Fraga, presidente da associação MOG e sobrevivente de cancro do ovário, “esta decisão não é democrática, muito menos compreensível. As doentes sem mutação representam a maioria dos casos de cancro do ovário (85%) e apresentam maiores necessidades médicas".

Na sua opinião, é evidente que "quem tem capacidade financeira pode ter acesso a este tratamento nos hospitais privados, mas as mulheres e famílias que não têm meios monetários para fazer esse investimento, acabam por não ter acesso".

E acrescenta: "Não podemos permitir que estas mulheres sejam deixadas para trás. Há mulheres a morrer e famílias a perder mães, irmãs e filhas por existirem lacunas no acesso a uma terapêutica que está disponível para todas as doentes noutros países da Europa."

Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda