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Portuguesas recorrem mais ao médico de família na hora de escolher o método contracetivo

Os médicos de MGF são os primeiros profissionais de saúde a quem se pede aconselhamento sobre métodos contracetivos. Uma realidade diferente da observada em 2005, quando também se analisaram as práticas contracetivas das portuguesas. Teresa Bombas, presidente da Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC), deu a conhecer este e outros resultados do “Inquérito Nacional sobre as Práticas Contracetivas em Portugal – 2015” no XIII Congresso Português de Ginecologia, que se realizou em Espinho.

“As portuguesas recorrem mais à Medicina Geral e Familiar do que aos ginecologistas quando chega a hora de escolher um método contracetivo, logo estes profissionais têm um papel muito relevante nesta área”, afirmou Teresa Bombas, a propósito dos resultados do inquérito que envolveu a SPDC e a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG).



A responsável referiu ainda que esta mudança se poderá dever à crise, mas também “ao facto de a Consulta de Planeamento Familiar (PF) acontecer sobretudo nos cuidados de saúde primários”. O aconselhamento por parte dos CSP acontece tanto nas jovens até aos 20 anos como nas mulheres mais velhas. “É de salientar que, nas mais jovens, temos que ter em conta que o acesso ao médico de MGF e à Consulta de PF inicia-se cada vez mais cedo por causa da vacina contra o cancro do colo do útero.”

Outros dados a salientar são que 94% das mulheres usam um método contracetivo, um aumento de 12% quando comparado com os dados de 2005. Segundo o inquérito agora realizado, há também, atualmente, “uma maior tendência para o uso de métodos menos ou não dependentes da utilizadora” e, apesar de a pílula continuar a ser muito utilizada, o seu uso caiu de 62%, em 2005, para 58%, este ano. Há assim um aumento do uso do DIU, do implante subcutâneo, do adesivo e do anel vaginal.

O inquérito concluiu ainda que 17% das mulheres sexualmente ativas já usaram a pílula de emergência, sendo que em 53% dos casos é aconselhada por um farmacêutico ou uma amiga. Outra novidade é que apenas 6% dos jovens, entre os 15 e os 19 anos, não usam contraceção, ao contrário dos 16% de 2005.

O inquérito contou com a participação de 4003 mulheres, entre os 15 e os 49 anos, e realizou-se entre dezembro de 2014 e março de 2015.

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