Prescrição de cuidados respiratórios domiciliários: Médicos de família devem ter «um papel ativo»
A área dos cuidados respiratórios domiciliários (CRD) tem sido uma das grandes apostas do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
Em entrevista à Just News, Rui Costa, coordenador do núcleo começa por referir que os CRD "correspondem ao fornecimento de serviços e equipamentos, no local de residência dos doentes e suas famílias, com o objetivo de suprir necessidades, resultantes de condições respiratórias crónicas, de modo a restaurar e manter o seu máximo nível de conforto, função e saúde".
Questionado sobre qual deve ser a base para as boas práticas nesta área no âmbito da MGF, afirma que "as boas práticas implicam conhecimento das Normas de Orientação Clínica de Aerossolterapia, Oxigenoterapia, Ventiloterapia e das Regras de Prescrição para PEM-CRD por todos os especialistas de MGF, os quais devem estar preparados para assumir estas novas competências, para prestação de cuidados de saúde de proximidade e qualidade, ao doente com patologia crónica e incapacitante".
O responsável do GRESP é de opinião que o médico de família deve ter "um papel ativo na continuação da prescrição e no seguimento dos doentes, para maior controlo da doença, da adesão ao tratamento e da eficiência dos CRD". Com esse intuito, o GRESP "tem trabalhado em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e com o Programa Nacional de Doenças Respiratórias para a melhoria contínua dos CRD".
Relativamente à atuação do GRESP quanto à formação, tem dinamizado vários workshops, "permitindo aos formandos o contacto com os equipamentos. Colaborou na elaboração de duas importantes ferramentas práticas e úteis para os MF: o Pocket Guide em Cuidados Respiratórios Domiciliários e um ´Guia para entender melhor PEM-CRD`, disponível no nosso site."