Presidente da Sociedade de Ortopedia quer ver uma «maior união» na especialidade
“Deve existir uma maior união entre ortopedistas, serviços de Ortopedia e hospitais.” Quem o defende é António Oliveira, presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), que falou à Just News à margem da 34ª Reunião Anual da European Bone & Joint Infection Society (EBJIS), que decorreu no Centro de Congressos do Estoril.
O responsável acredita que devem ser fomentadas ações que permitam uma maior comunicação dentro da especialidade: “É preciso haver objetivos comuns e estabelecer protocolos, de modo a criar uma task-force que dê resposta aos desafios que possam surgir dentro da Ortopedia, para manter a grande qualidade dos serviços prestados atualmente.”
Quanto ao número de especialistas desta área, não faltam profissionais, o problema está apenas na distribuição geográfica. “Infelizmente, há algumas regiões, como no interior, onde o ratio de ortopedistas não é o ideal.”
Relativamente ao problema das infeções osteoarticulares, em foco no 34th Annual Meeting of the EBJIS, o presidente da SPOT salientou que se trata “de um problema de saúde púbica, para o qual é necessário sensibilizar a população e os profissionais de saúde”. E acrescentou: “As infeções trazem várias complicações que acarretam sofrimento e despesa, porque requerem mais internamentos, mais tratamentos e até cirurgias. No caso de o doente ter um implante, a infeção pode levar à perda do mesmo.”
Para fazer face a este flagelo, a SPOT também faz parte do grupo que elaborou o Consenso Internacional em Infeções Articulares Periprotéticas, que estabeleceu guidelines para os vários procedimentos relacionados com próteses.