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Prevalência de excesso de peso em crianças nos Açores diminuiu quase para metade em três anos

Os Açores passaram de uma prevalência de excesso de peso de 40,5%, em 2010, para 24% em 2013, segundo um estudo da Childhood Obesity Surveillance Initiative — COSI Portugal, da OMS. A 3.ª fase deste estudo envolveu outros 20 países europeus, sendo que foram avaliadas 5935 crianças portuguesas, entre os 6 e os 8 anos, de 196 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico.



Para Ana Isabel Rito, investigadora do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e coordenadora do estudo em Portugal, o caso dos Açores é revelador de como “estas avaliações são uma forma de intervir no combate à obesidade infantil, já que alertam consciências e levam à tomada de medidas imediatas”.

Comparando os resultados entre países, o estudo demonstra que Portugal continua a ser um dos que apresenta maior prevalência de excesso de peso e de obesidade infantil, apesar da diminuição de 35,7% (2010) para 31,6% (2013) e de 14,7% (2010) para 13,9% (2013), respetivamente.

Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS), é também autor do estudo e, em declarações à margem da apresentação dos resultados, alertou para alguns pontos que considera essenciais no combate à obesidade infantil.

“Não basta existirem medidas restritivas nas escolas para se evitar o consumo de produtos pouco saudáveis. O exemplo deve vir de casa e também é preciso pensar em proibir a oferta desses produtos perto das escolas, como já acontece nalguns países”, frisa Pedro Graça.

O responsável considera que este relatório do COSI deve servir de base para avaliações regionais concretas e que se deve apostar na passagem da mensagem de que a alimentação saudável também é “saborosa e barata”.

O estudo do COSI Portugal, sistema de vigilância infantil que produz dados comparáveis entre países da Europa, envolve a parceria entre o INSA e a DGS e os dados são recolhidos, a nível regional, pelas administrações regionais de saúde e pelas direções regionais de saúde da Madeira e dos Açores.

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