Primeiras ecografias à distância realizadas através de 5G da NOS

A NOS acaba de anunciar "o primeiro sistema português de ecografias à distância em tempo real, através de tecnologia robótica", recorrendo à rede 5G.

Em comunicado, é adiantado que o ROSE – RObot Sensing for tele-Ecography, desenvolvido pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), em parceria com a Universidade de Coimbra, a empresa Sensing Future Technologies e o Hospital da Luz, permite realizar exames ecográficos remotamente, "evitando deslocações de utentes e melhorando o acesso em zonas remotas onde não há profissionais especializados em permanência".

Quanto a especificidades do ROSE, é composto por "duas estações robotizadas (uma do lado do profissional de saúde e outra do lado do utente), um conjunto de sondas ecográficas, e estruturas de comunicação assentes em 5G da NOS, que usam as características desta rede móvel – baixa latência, elevada velocidade e resiliência superior – para garantir que todo o processo é realizado em tempo real, com uma experiência fluída e sem falhas."



De acordo com a NOS, "cria-se um novo paradigma de diagnóstico por tele-ecografia, mediante o qual médicos e utentes podem interagir, mesmo sem proximidade física, com feedback instantâneo visual, de áudio e háptico". 

De acordo com Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da NOS, não há qualquer dúvida de que "a saúde é uma das áreas estruturantes da sociedade onde o potencial do 5G é maior, enquanto impulsionador da inovação e da aproximação e humanização dos cuidados de saúde".

Segundo o responsável, esse é o principal motivo que leva a empresa a promover "uma série de iniciativas inovadoras que permitem ajudar a construir um futuro com mais e melhor saúde para todos, encurtando distâncias e alargando o acesso a cuidados médicos especializados a mais pessoas”.



Segundo António Lindo da Cunha, director executivo do Laboratório de Automática do IPN, “garantir o acesso aos cuidados de saúde de forma ampla sem deixar de fora a parte da população que reside longe dos grandes centros, parece ser uma missão impossível tendo em conta a tendência global de concentração dos cuidados".

E acrescenta: "Será de facto impossível, se mantivermos os modelos de cuidados e de pagamento que foram desenhados num período onde a capacidade tecnológica e os níveis de literacia eram bem diferentes dos actuais. O sistema de tele-ecografia ROSE é um exemplo de como é possível ter acesso a meios complementares de diagnóstico de qualidade mesmo fora dos grandes centros urbanos.”

Adianta ainda a NOS que esta solução encontra-se a ser "testada e validada por profissionais de saúde especializados em radiologia", sendo estimado que, a partir de setembro, se possa utilizar o sistema para realizar as primeiras ecografias à distância através de 5G entre um hospital de referência e uma instalação remota.

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