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Professores deveriam ter formação para reagir a alergias alimentares e respiratórias

30% das crianças em idade escolar sofrem de alguma alergia e os professores não estão preparados para lidar com uma emergência. O alerta foi lançado por Libério Ribeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica (SPAP), na 2.ª Reunião Temática sobre “Alergia e Escola”. Para este responsável, todas as escolas deveriam ter sessões de formação e um kit de emergência para casos de alergias alimentares e respiratórias.

O evento, que teve lugar no Centro Hospitalar Pediátrico de Coimbra, contou com a presença de profissionais de saúde e de professores de várias escolas. “É preciso existir uma maior cooperação entre todos, para se alertar para a importância de os professores e o restante staff escolar conseguirem administrar adrenalina quando acontece um choque anafilático devido a uma alergia alimentar, por exemplo”, referiu à Just News Libério Ribeiro.

Estas são, de facto, as alergias que podem provocar mais problemas. “Os casos mais graves de alergias alimentares costumam acontecer na escola e ter-se conhecimentos sobre como agir é essencial para se evitar a morte da criança.”

O ideal seria, no entender do presidente da SPAP, “realizarem-se ações de formação, identificar um grupo de profissionais da escola que pudesse agir nesses momentos mais críticos e existir sempre um kit com adrenalina e um broncodilatador, para alergia alimentar e respiratória, respetivamente”.

Os professores de Educação Física são os que devem dar especial atenção à alergia. “Neste caso, falamos mais da parte respiratória, porque sabemos que em 90% dos casos a asma das crianças é de esforço. Há assim mais probabilidades de acontecer algum episódio crítico nestas aulas.”

Fernanda Pinto, coordenadora da Saúde Escolar da Região Centro, também esteve presente no evento e concorda que deve haver uma maior formação nesta área. “Em todas as escolas deveria existir formação em primeiros socorros e em suporte básico de vida, para poder ajudar estas crianças”, frisa, considerando ser preciso estabelecer parcerias, “já que sozinhos não vamos conseguir”.

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