Programa do Congresso de Psiquiatria «construído pelos sócios de forma independente»
Albino Oliveira Maia mostra-se muito satisfeito com o trabalho realizado pela Direção da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, que integra enquanto vice-presidente. “Temos desenvolvido ações importantes, que têm modificado a SPPSM, uma das quais a nível do próprio Congresso, que, se já era bom, agora está ainda melhor”, comenta.
Uma das principais mudanças prendeu-se com a abertura da organização do Congresso aos sócios, através da possibilidade de submissão de propostas de simpósios, que são consideradas para a construção do Programa Científico.
“Em vez de termos um Programa concebido pela Direção para a Sociedade, temos um Programa que a própria Sociedade constrói para si!”, destaca, acrescentando que, “apesar do receio, a iniciativa correu muito bem e é fundamental que se mantenha”.
Após o sucesso registado nos dois últimos congressos, desta vez, foi decidido dar mais um passo e atribuir a avaliação dessas propostas a uma Comissão Científica executiva, independente da Comissão Organizadora do Congresso e da Direção da Sociedade, de forma anónima.
“Quem está a avaliar só se debruça sobre o conteúdo científico e também eu, que recebo as avaliações, não sei quem foi o autor da avaliação. Todo o processo é feito de forma absolutamente anónima, distanciando-nos do impacto das amizades individuais, com o objetivo de termos um Programa construído pelos sócios de forma transparente e independente”, explica.
Registando um aumento consecutivo, este ano, foram recebidas 51 propostas de simpósios, o que “demonstra como a Sociedade está viva, interessada e participativa”. Ao mesmo tempo, esse facto coloca “um desafio, pois, nem todas as propostas podem ser aceites, tornando necessário conseguir que os sócios não o vejam de forma agressiva ou injusta e mantenham o entusiasmo nos anos seguintes”.
Albino Oliveira-Maia
"A Sociedade está viva!"
Este ano, foram recebidas 51 propostas de simpósios, o que “demonstra como a Sociedade está viva, interessada e participativa.”
Também o número de profissionais interessados em participar no Congresso tem sido progressivamente crescente, bem como os apoios proporcionados pela indústria farmacêutica, “refletindo a qualidade dos eventos apresentados”.
Ainda que os psiquiatras sejam “uma parte muito importante da Sociedade e do próprio Congresso”, o nosso interlocutor realça que este evento tem “motivado interesse por parte de outros profissionais, como psicólogos, psicomotricistas, assistentes sociais e até mesmo investigadores de áreas associadas à Psiquiatria e à SM”.