Projeto da USF-AN conjuga formação teórica «para todos os profissionais das USF» com trabalhos práticos

A contratualização pública com as unidades de saúde familiar (USF) das tiras reativas de glicemia é uma das medidas propostas pela Associação Nacional das USF (USF-AN) ao Ministério da Saúde. O anúncio foi feito, em conferência de imprensa, pelo seu presidente, João Rodrigues, que alertou ainda para a necessidade de retificar o Despacho que permite a passagem, em 2016, de 25 USF de modelo A para B.

João Rodrigues disse à Just News que é importante contratualizar com as USF as tiras reativas de glicemia, “visto que não existe qualquer protocolo de boas práticas de autovigilância nacional ou qualquer avaliação de qualidade de uma despesa, que tem um valor médio de 50 milhões de euros”. Esta é uma das medidas que faz parte dos objetivos da USF-AN ao apostar na governação clínica e de saúde.

Outro ponto que se destacou na intervenção do presidente da associação esteve relacionado com o Despacho N.º 6739-A/2016, segundo o qual há 30 vagas para a constituição de USF este ano e 25 para passagem a modelo B. “Este Despacho foi anunciado no 8.º Encontro Nacional das USF, que decorreu entre 11 e 14 de maio, em Aveiro, pelo próprio ministro da Saúde, mas é preciso ser retificado”, disse João Rodrigues.



E explica porquê: “É uma questão de justiça, quando se define um limite de 25 USF que podem passar a modelo B a nível nacional não se contemplou que existem, atualmente, 18 candidaturas para o efeito apenas na ARS Norte, já com parecer técnico aprovado, mais oito em vias de o serem.”

Para João Rodrigues, o ideal é que essas 18 USF passem de imediato a modelo B e que haja uma reestruturação do número de vagas regionais. Para já, a USF-AN está em conversações com o Ministério da Saúde.

Na mesma conferência foi feito um balanço “muito positivo” do 8.º Encontro Nacional das USF e falou-se sobre “a grande novidade da Academia de Cuidados de Saúde Primários (CSP), que foi lançada no evento”. “Todos os participantes nos cursos do Encontro têm até dia 5 de junho para apresentar propostas de trabalho na sua USF e os melhores, em cada área de formação, serão premiados no dia 28 de outubro, numa cerimónia pública.”

A mais-valia deste projeto, segundo João Rodrigues, é conseguir-se “ter formação teórica para todos os profissionais das USF (médicos, enfermeiros, secretários clínicos), conjugada com trabalhos práticos que vão ao encontro das necessidades de cada unidade”.

Foi ainda anunciado o 9.º Encontro Nacional das USF, que vai acontecer entre 10 e 13 de maio de 2017, novamente na Universidade de Aveiro, com o tema “Aposta do novo ciclo político. Evidências práticas”. O presidente será o secretário clínico Paulo Santos, membro da Direção da USF-AN.

Na conferência estive também presente Tito Fernandes, enfermeiro e presidente do 8.º Encontro Nacional das USF.

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