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Projeto-piloto de contratos de gestão para maior autonomia dos hospitais

Em 2019, alguns hospitais portugueses irão integrar um projeto-piloto de contratos de gestão, um modelo que prevê maior autonomia e responsabilização a fim de se otimizar a eficiência na gestão hospitalar. O anúncio foi feito por José Carlos Caiado, presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), na sessão de abertura do 27th European Association of Hospital Managers (EAHM), que decorre em Cascais.

Em representação do ministro da Saúde, José Carlos Caiado, disse que esta medida insere-se nas políticas de promoção da eficiência. “A nível da gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a ser prosseguidas políticas de eficiência do desempenho das diversas entidades de saúde, através da introdução de mecanismos de monitorização, controlo, transparência e auditoria para uma gestão partilhada de recursos no contexto do SNS”, frisou.



O responsável enalteceu o facto de que as várias medidas são inerentes “ao objetivo de otimizar a capacidade instalada, a fim de se obter bons resultados”. O presidente da ACSS relembrou ainda que é preciso “planeamento, organização, monitorização e liderança para se definir metas a médio e longo prazo”. Para isso, acrescentou, “ a instituição hospitalar tem de ser capaz de criar ferramentas para se atingir as metas previstas, promovendo modalidades de gestão descentralizadas e participadas”.

O administrador sublinhou ainda que, atualmente, faz todo o sentido apostar na gestão intermédia, como acontece nos centros de responsabilidade integrada, e de que “o financiamento deve ser decidido com base no preço compreensivo e na gestão integrada da doença”. Deve-se também, continuou, “reforçar os incentivos em função do cumprimento das metas a nível regional e nacional”.


Intervenientes na cerimónia de abertura do 27.º Congresso da EAHM: José Carlos Caiado, Carlos Carreiras, Gerry O`Dwyer e Alexandre Lourenço 

1000 participantes de mais de 40 países

Gerry O’Dwyer, presidente da EAHM, também falou na sessão de abertura. Começou assim por destacar “o apoio incrível” dado ao evento, o que o leva a acreditar ainda mais que “todos estão comprometidos em por em prática medidas para melhorar a prestação de cuidados à população”.

E, dirigindo-se aos vários administradores hospitalares presentes na sala, referiu que “todos temos o poder e o conhecimento para modelar o futuro dos serviços de saúde europeus”.

Passos que não serão fáceis. “As mudanças são complexas, mas a nossa liderança é fundamental para que se consiga uma reforma justa e transparente, redefinindo-se para tal o papel dos hospitais.”

Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, reafirmou que “para que o futuro seja de sucesso, é preciso melhores gestores e ideias”.

E continuou: “Apenas juntos conseguiremos redefinir o papel dos hospitais com sucesso.”

Falando mais especificamente do Congresso, Alexandre Lourenço mostrou-se bastante satisfeito com os 1000 participantes de 43 países. E destacou, no primeiro dia (26 de setembro), a realização do workshop “Gestão em Saúde nos Países de Língua Portuguesa”, que teve o apoio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Ficou acordado o desenvolvimento de um programa de cooperação que irá permitir aos gestores africanos participar em intercâmbios em Portugal e no Brasil.”

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