«Queremos continuar a adicionar valor à prática clínica nos Cuidados de Saúde Primários»
"Oferecer uma educação médica contínua, prática, interativa, versátil e multidisciplinar” tem sido o grande objetivo das Jornadas Multidisciplinares de Medicina Geral e Familiar, lançadas em 2019 e de que Rui Costa é um dos presidentes. A edição de 2026 registará “um significativo investimento no que se refere à sua infraestrutura”.
O médico de família Rui Costa afirma que será “com grande entusiasmo, empenho e uma clara visão de futuro” que se irá realizar, em março próximo, a 8.ª edição das Jornadas Multidisciplinares de MGF, reunião promovida pela Formédica – Sociedade de Formação e Educação Médica. O local mantém-se o mesmo de sempre, o Centro de Congressos do Sheraton Porto Hotel, mas agora com o espaço totalmente dedicado em exclusivo ao evento.
“A adesão registada nos anos anteriores tem sido notável, reforçando a relevância e o impacto deste encontro na educação contínua dos médicos. Nascemos com o objetivo claro de sermos umas Jornadas destinadas a todos os internos e especialistas de Medicina Geral e Familiar. Fruto da sua notoriedade, pertinência e relevância educacional, temos vindo a ser reconhecidos a nível nacional e a crescer continuamente”, afirma Rui Costa.

Tendo vindo a manter o formato híbrido iniciado em 2021, em resposta aos desafios impostos pela covid-19, importa recordar que as últimas Jornadas registaram um total de 3262 participantes, dos quais 1994 foram presenciais e 1468 assistiram online às sessões. Segundo o nosso entrevistado, “estes números evidenciam bem o elevado interesse pelos conteúdos apresentados”, confirmando que o modelo híbrido se vai manter.
Apostando em oferecer “uma educação médica prática, interativa, versátil e multidisciplinar ajustada às necessidades reais da MGF”, este enfoque das Jornadas “foi cuidadosamente construído para adicionar valor à prática clínica nos cuidados de saúde primários”, esclarece. E adianta: “Procura-se promover a atualização científica, a discussão interativa de temas atuais e a troca de conhecimento entre diversas especialidades.”
“A abordagem prática baseada em casos clínicos e a construção de pontes e sinergias entre os presentes na reunião contribuem para uma gestão integrada e eficaz do doente, beneficiando não só os nossos utentes mas também contribuindo para a realização profissional dos participantes”, observa Rui Costa, debruçando-se, de seguida, sobre o programa científico:
“É desenhado com um equilíbrio meticuloso entre experiência e inovação, combinando a maturidade de quem tem mais experiência com a energia e criatividade das novas gerações. Equilíbrio que se tem mostrado fundamental na construção de uma dinâmica educacional rica e envolvente, capaz de inspirar e capacitar os participantes nas Jornadas e de ser transformadora da prática clínica diária.”
“O reconhecimento do evento transcende a MGF”
As Jornadas Multidisciplinares de MGF têm mantido a mesma estrutura base desde a primeira edição. No entanto, as sessões vão sendo adaptadas às necessidades e sugestões dos internos e especialistas de MGF, “garantindo relevância e qualidade nos temas abordados”, como explica o co-presidente da reunião: “A Comissão Organizadora desenha o programa com base nos comentários dos próprios participantes e nas tendências atuais da MGF, criando um evento que, em cada ano, corresponde de forma precisa às expectativas da comunidade médica.”
“O reconhecimento das Jornadas transcende a MGF, com a presença de outras especialidades médicas e áreas de saúde contribuindo com o seu conhecimento e fortalecendo o carácter multidisciplinar das mesmas”, afirma Rui Costa, destacando um aspeto que classifica como “deveras impressionante”:
“O elevado interesse e envolvimento de quem se inscreve para nelas participar, tanto por parte daqueles que enchem a sala do Centro de Congressos como dos que acompanham os trabalhos à distância.”
“Estão verdadeiramente conectados com este modelo de educação médica, de tal forma que se verifica que a audiência online se mantém em níveis muito elevados à medida que as sessões científicas se vão sucedendo, contribuindo assim para a continuidade e sucesso das edições futuras”, garante.
A notícia completa pode ser lida na edição de setembro do Jornal Médico.

