Rastreio de Medicina Física e de Reabilitação em idade pré-escolar «poderia ser replicado em todo o país»

Abílio Silveira, do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, explica a importância e o funcionamento de um projeto desenvolvido por esta unidade. 

Em artigo publicado na última edição de LIVE Medicina Física e de Reabilitação, Abílio Silveira começa por salientar que "uma boa integração no 1.º ciclo de escolaridade pressupõe que a criança apresente, à partida, competências adequadas em termos de fala e linguagem, motricidade fina e motricidade global".

Relativamente à consulta de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), adianta que "eram enviadas crianças com problemas de fala e linguagem ou de motricidade, muitas vezes, tardiamente sinalizadas pelos próprios professores do 1.º ciclo e numa idade em que essas dificuldades já interferiam com a capacidade de aprendizagem e com hábitos instituídos e difíceis de corrigir".

Assim, neste contexto refere que, no âmbito da promoção e prevenção da saúde, "implementou-se o rastreio de MFR em idade pré-escolar, consistindo numa avaliação multidisciplinar a todas as crianças que completam 5 anos durante o ano civil e que frequentam jardim-de-infância dos 12 concelhos do distrito de Bragança: Terapia da Fala (avaliação da articulação verbal e linguagem), Terapia Ocupacional (avaliação da motricidade fina e das competências de perceção visual) e Fisioterapia (avaliação da motricidade global e postura)".


A equipa que integra o projeto.

Ao longo do artigo, Abílio Silveira indica que os terapeutas do Serviço de MFR deslocam-se aos infantários e que "as crianças que apresentam dificuldades significativas são orientadas diretamente para consulta hospitalar de Fisiatria e têm tratamento adequado no Serviço de MFR antes da entrada no 1.º ciclo". Por outro lado, "as que apresentem dificuldades passíveis de solução com aconselhamento adequado serão reavaliadas".

Após explicar quais os testes realizados, é referido que "a generalidade dos terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala e fisioterapeutas do Serviço de MFR estão envolvidos, deslocando-se um terapeuta ocupacional, um terapeuta da fala e um fisioterapeuta em cada dia de rastreio". Já a consulta de Fisiatra "é efetuada pelo fisiatra às crianças sinalizadas para acompanhamento direto".

O responsável faz questão de esclarecer que "todas as instituições pré-escolares públicas e privadas do distrito de Bragança e as unidades de Cuidados na Comunidade dos CSP têm concordado e colaborado com este projeto, porque entendem que o facto de os terapeutas se deslocarem aos infantários é uma mais-valia no despiste e orientação terapêutica das crianças com dificuldades".




A versão completa do artigo, onde é explicado, nomeadamente, a metodologia e cronograma do projeto, bem como as conclusões do mesmo, pode ser lida na atual edição de LIVE Medicina Física e de Reabilitação.

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