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Região Centro de Portugal vai ter «projeto abrangente» na área da reabilitação cardiovascular

O diretor do Serviço de Cardiologia do polo Hospital Geral (HG) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), afirmou este fim de semana que “é de esperar que em breve se torne realidade um projeto de reabilitação cardiovascular para a região Centro do país”. Lino Gonçalves falava na cerimónia comemorativa dos 20 anos da Unidade de Intervenção Cardiovascular do CHUC-HG, coordenada por Marco Costa.



Lino Gonçalves garantiu estar-se a “trabalhar intensamente”, em colaboração com o Conselho de Administração do CHUC e com a Administração Regional de Saúde do Centro, no desenvolvimento de um “projeto abrangente” na área da reabilitação cardiovascular, “fundamental para a recuperação e bem-estar dos doentes cardiovasculares em Coimbra e na região Centro”.

Os presidentes daqueles dois organismos, Martins Nunes (CHUC) e José Tereso (ARS-C), integraram, aliás, a mesa de honra da sessão comemorativa do 20.º aniversário da Unidade de Intervenção Cardiovascular (UIC). A eles se juntaram o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, o diretor da Faculdade de Medicina da UC, Duarte Nuno Vieira, e os presidentes da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Miguel Mendes, e da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, Rui Campante Teles.



Na cerimónia comemorativa, ao lado do coordenador da UIC, o cardiologista de intervenção Marco Costa, sentou-se o fundador daquela Unidade, António Leitão Marques, atualmente a trabalhar em Maputo, Moçambique, que enriqueceu a sua intervenção com algumas fotos “históricas”.

Lino Gonçalves fez questão de salientar que, em 1996, António Leitão Marques “criou do zero um Laboratório de Hemodinâmica que se tornou rapidamente uma referência incontornável na área da Cardiologia de Intervenção nacional, sendo reconhecida por todos a sua excelência e a sua elevadíssima diferenciação”.



O diretor do Serviço de Cardiologia do CHUC-HG revelou ter sido possível, em 2015, “aumentar a produção, que já era elevada em 2014”: em 27% os procedimentos invasivos globais, em 20% as angioplastias coronárias, em 38% as angioplastias carotídeas e em 44% o encerramento dos apêndices auriculares esquerdos.

Tal foi possível, segundo Lino Gonçalves, graças “à extraordinária equipa de profissionais deste Serviço, formada por médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes técnicos e assistentes operacionais”. Mas também não deixou de agradecer o apoio dos serviços do CHUC com os quais tem havido uma colaboração estreita, destacando a Cirurgia Cardiotorácica, a Cardiologia do polo CHUC-HUC, a Neurologia, a Nefrologia e a Cirurgia Vascular.

Entretanto, o ano de 2016 deverá ficar marcado pelo início do programa de implantação percutânea de dispositivos valvulares, bem como pelo arranque de um programa de internacionalização com vista à formação de médicos estrangeiros na área da Cardiologia de Intervenção, estando já prevista a realização de cinco cursos teórico-práticos. Também vai ser feito um investimento na ligação por telemedicina com os médicos de Medicina Geral e Familiar e na telemonitorização dos doentes depois de um enfarte agudo do miocárdio e após internamento por intervenção coronária complexa.



A cerimónia comemorativa dos 20 anos da Unidade de Intervenção Cardiovascular do CHUC-HG culminou um dia de trabalhos, com duas centenas de participantes a encherem a sala da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, onde de manhã teve lugar uma sessão científica com a presença dos dirigentes da EAPCI (Associação Europeia de Intervenção Cardiovascular Percutânea) e à tarde decorreu a reunião “Grandes desafios da Cardiologia de Intervenção”, que promoveu o debate sobre a intervenção coronária e não coronária.



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