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«Queremos impulsionar o crescimento da Medicina Intensiva na região Centro»

O projeto "Conversas em Medicina Intensiva" arranca este mês, com o “objetivo de se discutirem em rede aspetos clínicos e científicos comuns aos vários serviços de Medicina Intensiva da região Centro”, afirma Paulo Martins, diretor do Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC).

Este projeto, que já ocorreu no passado com outra designação, será agora reativado, com uma nova abordagem, contando para tal com o empenho dos profissionais em "discutir preocupações comuns e criar soluções duradouras".

Tendo existido no passado com a designação de “Encontros de Medicina Intensiva da Região Centro”, a verdade é que “a organização estava muito centralizada no Serviço de Medicina Intensiva do CHUC", refere Paulo Martins, quando o que se procurava era "promover a interação com os outros serviços da mesma especialidade”.


Paulo Martins

"Impulsionar o crescimento da Medicina Intensiva na região"

Assim, neste novo formato, "pretende-se que os diversos serviços de Medicina Intensiva da região possam assegurar de forma rotativa a organização futura das reuniões e contribuir tanto para o desenvolvimento de projetos científicos multicêntricos assim como para a partilha de informação e de experiências". 

Segundo Paulo Martins, o objetivo gobal está muito bem definido: "Queremos impulsionar o crescimento da Medicina Intensiva na região", sendo que as temáticas podem ser de “de índole científica ou organizativa, como indicadores que possam melhorar a qualidade dos cuidados prestados”.

Numa altura em que “a síndrome de dificuldade respiratória aguda sofreu algumas modificações na sua abordagem terapêutica, na sequência da pandemia de covid-19” e, por outro lado, o facto de o CHUC ser “o único centro com disponibilidade de oxigenação por membrana extracorporal (ECMO) da região”, facilitou a escolha do tema científico escolhido para o arranque do projeto.

A ideia é, assim, "partilhar experiências do período pandémico, com base nas vivências destas situações por parte dos diversos serviços da região".

"Perceber o que pode ser feito para melhorar a formação”

O programa contempla ainda a discussão da formação em Medicina Intensiva, na sessão intitulada "Quem somos, onde estamos e para onde vamos?", pois este é o ano em que os primeiros intensivistas formados pela via do internato de formação específica completam a sua formação de 5 anos.

De acordo com Paulo Martins, "é tempo para meditar e perceber se estamos no caminho certo". E, especificamente, o que estará em debate?

"Passa por perceber qual é a sensibilidade dos internos e especialistas dos vários serviços de Medicina Intensiva da região Centro, e do próprio Colégio da Especialidade de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos quanto ao período de formação, se o número de profissionais é suficiente nos seus serviços e se há algo que poderia ser feito em conjunto para melhorar a formação”.


Comissão Organizadora: Andreia Santos, Ricardo Freitas, Paula Casanova, Luís Linhares e Ana Marques (ausentes: João Pedro Baptista e Ana Rita Alves)


"Queremos contar com a maior participação possível"

Será ainda uma oportunidade para “implementar projetos de investigação comuns, que possam ser realizados ao longo do ano e discutidos de forma a perceber como estamos a tratar os nossos doentes de maneira a optimizar os cuidados prestados”, explica Ricardo Freitas, coordenador da Comissão Organizadora do evento.

A 1.ª edição das "Conversas de Medicina Intensiva" da Região Centro está agendada para dia 28 de outubro, no Hotel Vila Galé Coimbra, e é dirigido à "comunidade médica com interesse pela Medicina Intensiva".

Ricardo Freitas

Com o propósito de "contarmos com a maior participação possível", Ricardo Freitas que as inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail conversasmedintensiva@gmail.com

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