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Sociedade Portuguesa de Anestesiologia vai lançar Escola de Dor para formar profissionais de saúde

O Grupo de Estudo de Medicina da Dor da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia vai apresentar, dia 12 de março, a primeira Escola de Dor direcionada exclusivamente para médicos. A iniciativa integra-se no Congresso Nacional de Anestesiologia que decorre no Hotel Cascais Miragem.

“O baixo nível de conhecimento tem sido identificado como um obstáculo ao correto controlo da dor nas suas várias vertentes, tanto ao nível pré graduado como pós graduado. No contato diário com internos de várias especialidades, nomeadamente de anestesiologia, verificou-se que apesar da obrigatoriedade de estágios relacionados com a medicina de dor, em Unidades de Dor crónica e dor aguda, permanece uma falha ao nível de conceitos básicos nesta área”, explica Ana Cristina Mangas, coordenadora do Grupo de Estudo de Medicina da Dor da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia.

E acrescenta: “Tendo em conta esta lacuna, o Grupo de Estudo de Medicina de Dor vai realizar cursos para médicos com interesse na área da anestesiologia, com o objetivo de introduzir e ou melhorar conceitos nesta matéria.”

A Pain School SPA será constituída por 4 módulos com avaliação final, com a duração total de 16 horas, e que, de acordo com recomendações internacionais, abordarão temas fundamentais na formação em dor, seguindo o modelo biopsicossocial.

“Este projeto é um embrião que pretende dar um impulso a outras iniciativas de caráter educativo na Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, nomeadamente em conjunto com outras secções ou grupos de estudo, ou mesmo com outras sociedades científicas. Será também constituída uma academia de formadores, profissionais de saúde com especial interesse na medicina de dor”, conclui.

A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais. Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em dois mil milhões de euros/ano, custo que atinge os 4,6 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, baixas médicas e reformas antecipadas.    

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