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SPMI quer fomentar a prática da investigação clínica em Medicina Interna

Fomentar a prática da investigação clínica em Medicina Interna, transmitindo aos participantes os conhecimentos básicos para a elaboração de projetos, desde o planeamento à execução, foi o principal objetivo da 1.ª edição de um curso de investigação clínica dinamizado pelo Centro de Formação da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que agora se realizou. No futuro, pode ser o embrião de um projeto ainda mais ambicioso: um clube de investigadores.



Reformulado para dar à componente prática maior robustez, o curso “Introdução à Investigação Clínica em Medicina Interna – Como desenvolver um Projeto de Investigação Clínica?”, criado pelo Centro de Formação em Medicina Interna (FORMI), contou com participação de 19 internos e especialistas e tem já garantida uma segunda edição em 2016, com duas ações, que vão realizar-se, em princípio, em janeiro e em julho.

Nuno Vieira, internista no Centro Hospitalar do Algarve, membro da Direção da SPMI e um dos coordenadores do curso, explica que a sua realização faz parte de uma estratégia de investimento e aposta na investigação na Medicina Interna, o “grande cavalo de batalha” da especialidade. Na sua opinião, esta pode ser uma das vias para ajudar os internistas a ganharem maior reconhecimento entre pares e junto dos decisores políticos.

“Os internistas são a grande força de trabalho nos hospitais, conseguem orientar o doente com maior qualidade e eficiência, mas precisam de ganhar maior reconhecimento. Falta-lhes, muitas vezes, a área da investigação e o contributo para o desenvolvimento científico nas várias temáticas que abordam. Por isso é que a SPMI está a desenvolver ações para que esta realidade se altere e para que se possa fazer a diferença”, justifica. E fazer a diferença pode ser, por exemplo, criar no futuro uma espécie de clube de investigadores a trabalhar em rede.



Na mesma linha, o internista José Mariz, o outro dos coordenadores do curso, defende a “profissionalização na investigação clínica”, ou seja, sustenta que deve ser alocado tempo para a investigação. “O internista tem uma carga assistencial muito grande e uma área de intervenção igualmente vasta. Mas é, talvez, o que tem mais oportunidades para encontrar questões clínicas, devido a essa abrangência. O desafio é alocar tempo e organizar os serviços, para que a investigação possa ser uma realidade”, acrescenta o médico do Hospital de Braga, que integra a equipa do FORMI e do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho.

José Mariz sublinha que uma das receitas para fazer investigação clínica passa por responder a questões simples que não tenham sido respondidas na prática clínica com evidência científica. O curso oferece, justamente, os pontos de partida para o desenvolvimento de projetos e as formas de os levar à prática, sem esquecer os aspetos relacionados com a orçamentação e o financiamento.

No programa do curso, que decorreu durante cinco dias, na sede da SPMI, foi incluído um “Shark Tank” da Investigação em Medicina Interna, para a apresentação e avaliação dos projetos.





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