«Temos um grupo nacional muito entusiasta e dinâmico dedicado à saúde respiratória»

O nome de Cláudia Vicente foi aprovado por unanimidade pelos representantes de todos os países votantes do The International Primary Care Respiratory Group presentes na sua 12.ª Conferência Mundial, que decorreu em maio, em Atenas, para assegurar a presidência daquele grupo no biénio 2026-2028. A proposta partiu do Board of Directors do IPCRG.


Nessa mesma reunião, tomou posse do cargo a australiana Amanda Barnard, sucedendo à malaia Ee Ming Khoo.

A presidente eleita do IPCRG não hesita em afirmar que Portugal é um país que se destaca no leque das 39 organizações nacionais integrantes do IPCRG.

“Temos um grupo nacional muito forte e ativo, constituído por colegas que têm contribuído muito com o seu trabalho, entusiasmo e dinamismo”, sublinha, notando que “o Prof. Jaime Correia de Sousa foi o propulsor da forte ligação com o IPCRG, envolvendo todos os coordenadores do GRESP que lhe sucederam e ainda outros elementos, como os Drs. Carlos Gonçalves e o Prof Luís Alves ou o Prof. Tiago Maricoto”.


Cláudia Vicente

A médica, que se dedica à área respiratória desde o início do seu percurso profissional, reconhece “o dinamismo do GRESP e a forma como tem promovido e divulgado as iniciativas do IPCRG, adaptando-as à realidade local, e demonstrado interesse e participado noutras atividades
realizadas a nível internacional”.

Avaliando a atitude dos outros grupos congéneres, refere que especialmente os de Espanha, Holanda, Grécia, Inglaterra, Brasil e Tunísia “têm-se mostrado fortes e dinâmicos, estando a acontecer uma expansão também para o Médio Oriente e, mais recentemente, para a América Latina”.

No caso da realidade portuguesa, identifica um crescente interesse dos especialistas de MGF pela área respiratória, realçando que “o conhecimento nesta matéria, embora seja sempre uma mais-valia, tornou-se agora imprescindível para o atingimento de bons indicadores de desempenho das USF”.

E acredita que o GRESP, “com o seu dinamismo, tem contribuído não só para atrair os jovens médicos de família para esta área como para manter o interesse dos seus membros, através da elaboração de novos documentos de apoio à prática clínica, por exemplo”.

Paralelamente, distingue o investimento que o GRESP tem feito “na promoção de uma intervenção estruturada da MGF na gestão do doente respiratório, com o apoio da enfermagem, tal como já existe, em termos práticos, para as doenças cardiovasculares, que têm consultas dedicadas”.



10.as Jornadas do GRESP convidam os participantes a “aprender de forma divertida e interativa”

As próximas Jornadas do GRESP vão acontecer nos dias 10 e 11 de outubro, em Lisboa, referindo Cláudia Vicente que se procurou construir “um programa muito dinâmico e atual, em que os participantes possam aprender de forma divertida e interativa”.

Os temas serão abrangentes, indo “desde a vacinação, passando por tópicos abordados frequentemente em consulta, como a tosse, até projetos tecnológicos mais recentes que estão a ser implementados no país”.

Ao longo dos dois dias de trabalhos, terão lugar vários workshops, alguns deles sob o formato de jogo, como a já conhecida Oficina GloriSAOS e o Escape Room da Asma, que será uma estreia na reunião do GRESP, após o sucesso que teve na última Conferência Mundial do IPCRG. Nestas que serão as 10.as Jornadas, vão ser atribuídos “excelentes prémios” e haverá  ainda oportunidade para a existência de alguns momentos lúdicos e de arte.



Quase meia centena de países unidos em torno da saúde respiratória

Fundado em 2003, o IPCRG é um grupo internacional dedicado à saúde respiratória no âmbito dos cuidados de saúde primários. Atualmente, integra 39 organizações de CSP centradas nas doenças respiratórias, de países de todo o mundo.


A atual coordenadora do GRESP vai ser a segunda representante da MGF portuguesa a presidir ao IPCRG, recordando que consolidou a sua aproximação àquela entidade por ocasião da 9.ª Conferência Mundial do IPCRG, realizada em 2018, no Porto. Representou o final da presidência de Jaime Correia de Sousa e ficou marcada como a maior de sempre, com 1050 participantes de 48 países.

Nessa ocasião, foi apresentado o projeto ARC - Asthma Right Care, que iria iniciar-se em quatro países-piloto, incluindo Portugal, através do GRESP-APMGF, com o nome de CAPA, Cuidados Adequados à Pessoa com Asma, cuja coordenação coube a Cláudia Vicente e a Nuno Pina. Nesse contexto, a médica acabou por ser um dos elementos integrantes do Strategy Group do ARC.

Integrando o Board of Directors do IPCRG desde 2022, a verdade é que Cláudia Vicente já mantinha ligação com a organização há uma década. O primeiro contacto aconteceu ainda enquanto era interna, quando submeteu um trabalho científico que veio a apresentar na conferência do IPCRG, tendo considerado a dinâmica da organização “muito interessante”.


A entrevista completa pode ser lida na edição de setembro do Jornal Médico dos Cuidados de Saúde Integrados.

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