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Tratamento da diabetes tipo 2 deve ser individualizado

O tratamento da diabetes tipo 2 tem vários objetivos. Contudo, o principal passa por diminuir as complicações da doença, que são fundamentalmente vasculares e que implicam uma abordagem multifatorial. “Isto implica não só o tratamento da hiperglicemia, mas também dos outros fatores de risco que, com certeza, são fundamentais”, afirma Rui Duarte, diabetologista da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, acrescentando que a grande maioria das pessoas com diabetes tipo 2 têm dislipidemia e hipertensão arterial associadas.

No que respeita ao tratamento da hiperglicemia em si, Rui Duarte salienta ser, hoje em dia, uma “evidência incontestável” que o tratamento tem de ser individualizado. “Não há uma terapêutica que seja comum ou ideal para todas as pessoas com diabetes. Até porque os objetivos metabólicos são diferentes, conforme a situação clínica de cada doente”, frisa.

E exemplifica: “Se a pessoa tem uma diabetes recém-diagnosticada, ou se é jovem e não tem ainda nenhuma comorbilidade associada, deve ser-se incisivo na sua terapêutica.”

Nestes casos, continua, os objetivos metabólicos devem ser mais rigorosos, isto é, a glicemia deve estar, tanto quanto possível, perto do normal. Em situações de pessoas idosas ou com diabetes de longa duração, já com patologia cardiovascular avançada, por exemplo, o médico terá de ser mais modesto nos seus objetivos.

Quanto à terapêutica propriamente dita, “existe apenas um fármaco de primeira linha que é consensual: a metformina”. “Na escolha da terapêutica deve ter-se em consideração a sua eficácia, a segurança e os efeitos secundários, que na diabetes são relevantes, quando se fala em terapêuticas que podem provocar hipoglicemias e que, nalguns casos, se torna mais perigosa do que a própria hiperglicemia”, menciona.

Além disso, há que ter em conta os efeitos sobre o peso e a obesidade e, como não podia deixar de ser, os custos económico-financeiros do tratamento. Por isso, depois da metformina, “há várias outras terapêuticas que podem ter o seu lugar”.


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