Centro de Reabilitação Cardiovascular da ULisboa: equipa multidisciplinar vai acompanhar doentes cardíacos

Face à inexistência de um centro qualificado que dê continuidade à reabilitação cardíaca fora dos hospitais, foi criado o Centro de Reabilitação Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CRECUL). José Machado Rodrigues, cardiologista do Hospital de Santa Maria, CHLN, é o diretor do CRECUL, que foi funciona no Estádio Universitário de Lisboa. O projeto resulta de uma parceria entre a Faculdade de Medicina (FMUL), a Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e a Reitoria da Universidade de Lisboa (UL).



José Machado Rodrigues realçou a importância do CRECUL, ao “preencher um vazio na área da reabilitação cardíaca”, permitindo o acesso a uma equipa multidisciplinar que vai acompanhar doentes cardíacos após a intervenção hospitalar. Atualmente, estes não têm apoio fora do hospital, o que leva, segundo o responsável, a que estas pessoas acabem por não ter meios ou não se sentirem motivados para continuar o processo de reabilitação e adotarem hábitos de vida saudáveis a longo prazo.

Como o CRECUL dispõe de uma equipa multidisciplinar, os utentes, que vêm de programas de reabilitação cardíaca fases I e II hospitalares – e são, inicialmente, de baixo risco --, podem praticar desporto adequado à sua patologia, sempre acompanhados por profissionais de saúde. Além da prática desportiva, individual e em grupo, têm acesso a avaliação nutricional e psicológica. As aulas realizam-se na Academia de Fitness do Estádio Universitário de Lisboa.



A diretora do programa do Centro é Helena Santa-Clara, professora na FMH, que destacou a importância de o CRECUL poder vir a prevenir um novo acidente cardiovascular, ao incentivar a prática regular de exercício e de hábitos de vida saudáveis.

“Uma das maiores dificuldades que se sentem é conseguir a adesão e a motivação das pessoas para manterem hábitos saudáveis, apostando-se assim na prevenção secundária. O CRECUL vai ajudar nesse sentido, levando os doentes a sentirem bem-estar e prazer na prática desportiva”, referiu.



O diretor da FMUL e um dos mentores do projeto, Fausto Pinto, apontou as vertentes formativa e de investigação que são possíveis com o CRECUL, assim como a da prestação médica à comunidade. Enalteceu ainda a importância do intercâmbio entre faculdades e o reforço da reabilitação cardíaca, “uma área essencial” e à qual se deve dar “mais atenção”.



Do projeto faz ainda parte a Associação Música nos Hospitais, que visa humanizar o espaço, as relações entre os doentes e os profissionais de saúde. “Não se trata de musicoterapia, mas de contribuir para o bem-estar e qualidade de vida dos utentes, tendo em conta os benefícios da mesma em termos biológicos e psicológicos”, disse Ana Paula Góis, vice-presidente da associação.

Na apresentação do projeto participaram ainda José Alves Diniz, presidente da FMH, e António Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa.

José Machado Rodrigues, Helena Santa-Clara, Fausto Pinto e Ana Abreu (coordenadora do Grupo de Estudo de Fisiopatologia de Esforço e Reabilitação Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia) entre os vários profissionais da equipa do CRECUL. 





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