ULS Médio Tejo implementa neuroestimulação para tratamento da dor crónica: «É um marco clínico»
A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) acaba de anunciar que realizou, no Bloco Operatório do Hospital de Tomar, "a primeira colocação de um neuroestimulador medular na região". 
Sublinhando tratar-se de "um procedimento altamente complexo e inovador", a ULS esclarece que é indicado para o tratamento de casos de dor crónica refratária aos tratamentos convencionais que, "até à realização desta primeira intervenção no Médio Tejo só estava disponível em centros de referência em medicina da dor".
E acrescenta: "Este marco clínico reforça o compromisso da ULS Médio Tejo com a diferenciação técnica e científica e com o fortalecimento da sua capacidade de resposta local a situações de elevada complexidade clínica, como é o caso da dor crónica."
Equipa envolvida no procedimento
A intervenção pioneira foi realizada num doente com síndrome de dor espinal persistente tipo 2, "uma condição crónica da coluna, caracterizada por dor intensa e refratária, que permanece mesmo após cirurgia e sem complicações visíveis".
Depois de vários tratamentos convencionais sem sucesso — como medicação, fisioterapia, apoio psicológico e radiofrequência — foi proposto a este utente da ULS Médio Tejo um novo passo terapêutico: "a implantação de um neuroestimulador medular, um dispositivo elétrico colocado junto à medula espinhal".
Conforme esclarece a ULS Médio Tejo, "este equipamento envia impulsos elétricos suaves que interferem com a transmissão dos sinais de dor ao cérebro, reduzindo a sua perceção, sem provocar sensações de formigueiro associadas a terapias menos recentes".
A intervenção foi realizada com sucesso pelos médicos anestesiologistas Mariano Veiga, Edgar Semedo e Nuno Franco, com o suporte de uma equipa multidisciplinar composta por profissionais de enfermagem do Bloco Operatório e da Unidade de Dor, técnicos de Imagiologia e uma psicóloga clínica.
“A realização deste procedimento na nossa unidade constitui um marco importante na afirmação de uma abordagem integrada e diferenciada ao tratamento da dor crónica oferecendo cuidados de excelência, aqui mesmo, na nossa região”, afirma Nuno Franco, diretor do Serviço de Anestesiologia e responsável pela Unidade de Dor da ULS Médio Tejo.
Segundo o médico, a equipa está preparada para "responder aos casos mais complexos, sustentando a nossa atuação na evidência científica, nas melhores práticas internacionais e no trabalho de uma equipa multidisciplinar altamente qualificada. Esta intervenção permite-nos concretizar, de forma ainda mais eficaz, a nossa missão: melhorar a qualidade de vida dos nossos doentes".
Já para Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, "a ULS Médio Tejo está a afirmar-se como uma instituição de referência na resposta a problemas complexos em áreas altamente diferenciadas, como a medicina da dor".
De acordo com o responsável, com esta intervenção pioneira na região, "damos mais um passo na democratização do acesso à inovação clínica e no reforço da confiança da nossa comunidade nos cuidados de saúde que prestamos".

