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USF Pinhal Saúde vai dar resposta a 10.900 utentes, «muitos sem médico de família»

A ministra da Saúde esteve presente, no passado dia 16 de novembro, na inauguração das novas instalações da USF Pinhal Saúde, uma unidade do ACES Arrábida no Pinhal Novo.

Ana Mafalda Cunha, coordenadora e uma das fundadoras da USF, falou à Just News e contou como “a carência de cuidados na região e os muitos utentes sem médico de família” contribuíram para o sonho da nova unidade, que vai dar resposta a 10900 utentes.


Marta Temido

Foi perante várias personalidades da Saúde e de utentes que decorreu a inauguração da USF Pinhal Saúde, ao fim de mais 20 anos de reivindicações de uma população que sempre pediu mais cuidados de saúde. Conhecendo esta realidade, para Ana Mafalda Cunha é “uma honra e um privilégio” ser o rosto da equipa que dá resposta às necessidades da população desta região.

Mas assumiu, em entrevista à Just News, que também é “um enorme desafio pessoal, conseguido à custa de muita dedicação e, sobretudo, do apoio e contributo de todos os elementos da equipa multiprofissional”.


Ana Mafalda Cunha

Criada em 9 de março de 2018, começou por contar apenas com as 3 médicas fundadoras, 3 enfermeiros e 2 secretárias clínicas no mesmo edifício da UCSP do Pinhal Novo. “As condições não eram as ideais, porque era antigo e, apesar das obras de remodelação, o acesso era difícil, sobretudo para as pessoas com mobilidade reduzida”, recordou.

Apesar desses constrangimentos, foi possível contratar mais 3 médicos e 3 enfermeiros que iniciaram na UCSP, há 1 ano, já com o objetivo de integrarem a nova USF. “Convidámos também mais secretárias clínicas, logo o facto de termos estado a trabalhar juntos na UCSP permitiu-nos criar laços de amizade e espírito de entreajuda. São profissionais dedicados, com a mesma visão e que vestem a camisola todos os dias para melhorar o atendimento dos utentes.”



Unidade com Sala do Movimento

As novas instalações contam com 13 gabinetes para consultas médicas e de Enfermagem, duas salas polivalentes e duas outras para tratamentos. Sem escadas, os utentes com mais dificuldade em andar ou que precisem de cadeira de rodas já não têm que se preocupar, porque não há escadas ou outro tipo de obstáculos.

Outro espaço a realçar é a Sala do Movimento. “Ainda não temos atividade definida, mas provavelmente será utilizado para Fisioterapia, aulas de preparação para o parto ou para sessões com utentes”, afirmou Ana Mafalda Cunha.

"Contribuir para o aumento da literacia em saúde"

Quanto a projetos, a ideia será apostar, sobretudo, na educação para a saúde. “O nosso objetivo é contribuir para o aumento da literacia em saúde, porque acreditamos que é a base do funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Não apenas como prevenção da doença, mas também para uma boa utilização dos cuidados de saúde.”

A pensar neste lema, fazem parte da unidade móvel de saúde de Palmela, que, estando numa fase embrionária, vai apostar na literacia em saúde e na prestação de alguns cuidados mais urgentes junto de quem vive em locais mais remotos da região. Outra ambição é a implementação de um projeto de prescrição social.


As três médicas fundadoras da USF: Ana Mafalda Cunha, Raquel Andrade e Claudia Lourenco

“Um momento de alegria e de celebração”

Na cerimónia de inauguração estiveram presentes várias personalidades da Saúde, assim como utentes, alguns dos quais envolvidos na luta de 20 anos por uma nova unidade de saúde.

Para a ministra da Saúde, Marta Temido, foi assim “um dia em que se celebrou a capacidade que o SNS tem de vencer com resiliência, muito trabalho e esforço os momentos difíceis para se conseguir dar uma resposta às necessidades da população”.

A responsável realçou ainda a importância dos cuidados de saúde primários (CSP), sem os quais “não se consegue atingir o grande objetivo da cobertura universal de saúde”.

Marta Temido falou mais uma vez na necessidade de se apostar nas equipas de saúde familiar. “Não apenas com médicos e enfermeiros, mas também com secretários clínicos, que têm direito em ter uma carreira, que é cada vez mais reconhecida e individualizada.”


Bárbara Carvalho

Do ACES Arrábida, Bárbara Carvalho, a diretora executiva, relembrou como a USF é “um desejo e uma necessidade, de duas décadas, da população do maior aglomerado urbano do concelho de Palmela”.

Um sonho tornado realidade que, segundo disse, também resultou da “colaboração estreita e proveitosa entre o Ministério da Saúde, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e da Câmara Municipal de Palmela (CMP), oficializada em 2016”.


Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, e Marta Temido

Para Álvaro Balseiro Amaro, presidente da CMP, foi “um momento de alegria e de celebração”, inclusive para quem se associou “à longa e árdua luta pela construção de um novo centro de saúde”.


Uma equipa de "profissionais dedicados"

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