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USF Ribeirinha: Equipa jovem aposta na interligação com a comunidade

De um pequeno grupo de jovens recém-formados nasceu o sonho de se criar a USF Ribeirinha, tema de reportagem na edição de setembro do Jornal Médico, editado pela Just News. Acácio Diogo, o coordenador, foi um desses jovens e é com satisfação que vê a unidade ser escolhida por muitos internos. Apesar das dificuldades que se sentem com a falta de médicos, acredita que o trabalho em equipa e a motivação de se trabalhar no modelo USF contribuem para os cuidados de qualidade prestados à população.

Em 25 de fevereiro de 2012 nascia a USF Ribeirinha, no concelho do Barreiro. No primeiro andar de uma grande superfície comercial instalava-se a nova unidade, modelo A, que tem como lema “Empenhados por uma melhor saúde”. Com “uma forte componente formativa”, a USF presta cuidados a 13 mil utentes e dá resposta a quem vinha da UCSP Bocage e da UCSP Quinta da Lomba, pertencentes ao ACES Arco Ribeirinho.

“O facto de sermos uma equipa jovem, que já tinha o sonho de trabalhar em modelo USF, tem-nos ajudado a enfrentar as adversidades do dia-a-dia, nunca desistindo”, afirma Acácio Diogo, o coordenador da USF Ribeirinha, em declarações à Just News. O responsável está no projeto desde o início, quando, com um pequeno grupo de médicos, decidiu apostar a sua carreira numa unidade “que permite uma maior proximidade com a população”.

Na altura, o coordenador era o médico Ferreira Santos, que se aposentou em 2014, passando essa responsabilidade a Acácio Diogo. “Não estou nada arrependido de ter lutado pelo sonho de criar uma USF. Abracei o projeto ainda antes de este ter corpo e estou muito satisfeito por fazer parte de uma unidade que prima pela qualidade e que dá todo o apoio aos vários médicos internos e a alunos de enfermagem que optam pela USF Ribeirinha para fazer a sua formação.”



Internos são uma ajuda "preciosa"

Constituída por sete médicos – um é interino –, sete enfermeiros e seis secretários clínicos, a USF dá formação a cinco internos da especialidade de MGF, a internos do ano comum e a alunos de enfermagem. Estes são uma ajuda “preciosa”, pelas ideias que podem trazer.

“É uma equipa de jovens muito competentes, empenhados, que acreditam no modelo USF e que se sentem acolhidos por toda a equipa, ou seja, pelos médicos, pelos enfermeiros e também pelos secretários clínicos. O trabalho em equipa é o que faz a USF e quem opta por se candidatar a fazer o internato na nossa unidade pode contar com todo o apoio necessário”, afirma Acácio Diogo.

Os internos acabam também por ajudar na atividade assistencial face à falta de recursos humanos que se faz sentir, neste momento, na equipa médica.

A comunidade na USF e vice-versa

Acácio Diogo faz questão de salientar que acredita na sua equipa e destaca o seu trabalho empreendedor desde o início. “A equipa de Enfermagem foi a que acompanhou mais de perto a disposição e a decoração do espaço e foi magnífico ver que pensaram em pormenores tão importantes, como as cores das paredes e os desenhos da área das salas da saúde infantil.”

Além da decoração, a equipa deu também início a algumas iniciativas que “permitem à comunidade envolver-se na USF e vice-versa”. Desde o primeiro ano que concretiza a “Caminhada pela Saúde” e já organizaram outras atividades. “Com o apoio da associação Nós, realizaram-se várias sessões de educação para a saúde, por exemplo.”

Outra atividade é a “Semana da Cultura”, que decorreu o ano passado, na sala de espera. “Aproveitámos o talento artístico dos utentes e de alguns colegas de equipa e, durante uma semana, tínhamos sempre um momento, de manhã e à tarde, com momentos mais lúdicos.”

Além da aclamação de poemas feita por um interno, as atividades desta iniciativa contaram ainda com a participação de uma cantora lírica, de uma exposição do pintor Kira, de uma mostra de fotografias do Barreiro de outros tempos, para além de sessões de teatro, danças de salão, sevilhanas e cante alentejano.

Quanto aos desafios futuros, estes passam, sobretudo, por manter a qualidade dos serviços prestados. “Espero que a nossa colega interina consiga ficar na nossa unidade e que se consiga vir a ter mais um elemento na equipa médica. Queremos manter o envolvimento entre a comunidade e a USF e vice-versa, e continuar a cumprir os objetivos”, diz o nosso entrevistado, esclarecendo que, quanto à passagem para modelo B, “apenas vamos apostar nessa vertente quando tivermos a equipa estabilizada, sem estes contratempos na área médica”.

A componente formativa também continua a fazer parte dos planos, esperando-se que venham a ser qualificados como unidade formativa, a fim de se continuar a pôr em prática o lema “Empenhados por uma melhor saúde”.




A reportagem completa sobre a USF Ribeirinha pode ser lida na edição de setembro do Jornal Médico, publicação editada pela Just News.

 

 

 

 

 

 

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