Vertente científica da Medicina Física e de Reabilitação é «muito importante»
Na cerimónia de abertura das XII Jornadas Internacionais de Medicina Física e de Reabilitação (MFR), organizadas pelo Serviço de MFR do CH São João, dirigido por Fernando Parada, Catarina Aguiar Branco, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR), lembrou que a vertente científica da MFR “é muito importante”.
Com uma periodicidade bianual, o evento conta exclusivamente com a participação de palestrantes internacionais. Nesta edição, é de destacar a presença de Jean Michel Viton (França), Jean-Yves Maigne (França), Robert Gerwin (EUA) e Walter Frontera (EUA), importantes figuras mundiais na área da MFR.
“Estas jornadas são uma referência pela inovação nos temas que abordam, assim como pela possibilidade que oferecem aos participantes de terem contacto direto com as pessoas que trabalham esses assuntos”, sublinhou Catarina Aguiar Branco, acrescentando que esta reunião é um exemplo de meio de formação quer para os internos, quer para os especialistas.
A presidente da SPMR afirmou fazer votos de que o crescimento científico seja sustentado e desenvolvido em parceria com instituições pré e pós-graduadas de ensino, “não só para os estudantes de Medicina e para os internos que estão em formação específica de MFR, mas também para os especialistas”.
Além de Catarina Aguiar Branco, a cerimónia de abertura contou, obviamente, com a presença de Fernando Parada, presidente das Jornadas, Jorge Caldas, presidente do Colégio da Especialidade de MFR da Ordem dos Médicos, Maria Antónia Ferreira, presidente do Conselho Diretivo da FMUP, Rui Cernadas, vice-presidente do Conselho Diretivo da ARS Norte, e Moura Gonçalves, em representação da Direção Clínica do CH São João.
Fernando Parada fez questão de agradecer aos patrocinadores científicos destas jornadas -- a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a Ordem dos Médicos – a “confiança depositada”.
O diretor do Serviço de MFR do CH São João mencionou que “a elevada participação, com um número significativo de propostas de base científica, é prova cabal da vitalidade da MFR e da importância que todos os profissionais de MFR em Portugal dedicam as estas Jornadas”.
Por seu lado, Jorge Caldas disse que o Colégio da Especialidade de MFR da OM “tem procurado nas suas reuniões estar atento a tudo o que possa ajudar os especialistas a manterem a sua qualidade científica e a formação contínua”. Nesse âmbito, mencionou, “estas jornadas são um marco porque o programa é sempre muito especial, uma vez que procura abordar assuntos que não estão tanto no nosso dia-a-dia, com palestrantes internacionais de renome”.
Moura Gonçalves sublinhou que a Direção Clínica do CH São João está certa de que, devido às diversas condicionantes que existem, o Serviço de MFR desdobra-se nas suas atividades, sendo “espantoso” como consegue ainda organizar umas Jornadas com esta importância. 
Rui Cernadas, ao usar da palavra, adiantou que a ARS Norte está a trabalhar no plano estratégico para a região para 2016-2025 e, face às tendências do envelhecimento demográfico, a MFR é uma das especialidades cujo futuro preocupa “largamente” este organismo, quer do ponto de vista da realidade hospitalar, quer da oferta de ambulatório privado, que este setor vai ter de continuar a garantir ao país e aos cidadãos.
Integração da MFR no plano de estudos da FMUP
A presidente do Conselho Diretivo da FMUP salientou que o facto de o novo plano de estudos da faculdade, que propõe a integração da MFR como uma disciplina nuclear do 4.º ano, juntamente com a área de Ortopedia e Traumatologia, mostra a “importância e o reconhecimento da transversalidade da MFR”.
Maria Antónia Ferreira avançou ainda que, do ponto de vista funcional, entre a FMUP e o CH São João, foi criado o Centro Universitário de Medicina, publicado formalmente em Diário da República a 1 de outubro. Segundo referiu, este projeto “formaliza ainda mais a possibilidade de uma cooperação nas mais diferentes áreas, particularmente na MFR”.
