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Vias verdes podem ser «mais-valia» na relação entre os CSP e os cuidados hospitalares

Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, a não existência de uma coesão entre os cuidados hospitalares e os cuidados de saúde primários (CSP) é um dos grandes problemas que existe em Portugal.



A preocupação foi manifestada por aquele responsável na cerimónia de abertura do 64.º Congresso da SPORL, que teve lugar ao final da tarde desta sexta-feira, no Auditório do Castelo Santiago da Barra, em Viana do Castelo.

Segundo Miguel Guimarães, esta falta de coesão entre os CSP e os cuidados hospitalares conduz a que, por um lado, não se consiga decidir o percurso do doente e, por outro, os próprios médicos não consigam ter acesso a algumas informações sobre o doente.

Na opinião do bastonário da Ordem dos Médicos, o médico de família deve ser o gestor do doente “de forma geral”, mas também tem de existir um gestor no hospital, que deve ser o internista.



Vias verdes "permitem resolver muitos problemas"

Miguel Guimarães, que foi urologista no Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, durante cerca de sete anos, disse que as vias verdes poderão ser uma “mais-valia” na relação entre os CSP e os cuidados hospitalares.

“Uma das coisas que fiz quando cheguei a Viana do Castelo, logo após terminar a especialidade, foi criar as vias verdes de Urologia. Isso permitiu resolver muitos problemas que existiam no momento num distrito extenso, com muitos centros de saúde, e foi uma mais-valia para os doentes e para a relação que a Urologia conseguiu estabelecer com os médicos de família”, mencionou, a título de exemplo.

Um dos momentos a destacar na cerimónia de abertura foi a homenagem feita a Joaquim Faria e Almeida, presidente de honra do Congresso e antigo diretor do Serviço de ORL do CH de Vila Nova de Gaia/Espinho. Coube a Artur Condé, seu antigo “discípulo” e atual diretor daquele Serviço, que participou nesta mesa também na qualidade de presidente do Colégio da Especialidade de ORL da OM, proferir algumas palavras, embora reconhecendo não ser possível, “em tão breves minutos, transmitir a riqueza da personalidade” do homenageado.



“Para além da sua enorme tarefa desenvolvida na instalação e melhoramento da ORL no CH de Vila Nova de Gaia, quero relevar a permanente atitude de estímulo e promoção à diferenciação técnica e científica de cada um dos seus médicos, contrariando o conceito egocêntrico tão comum nessa altura em muitos serviços hospitalares, que congelavam a evolução técnica e científica”, mencionou Artur Condé.

Também António Franklim Ramos, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, salientou a “profunda admiração” que tem por Joaquim Faria e Almeida.


Ezequiel Barros e Joaquim Faria e Almeida.

Empenho em "promover mais a ética na Medicina"

Por seu lado, Joaquim Faria e Almeida aproveitou a oportunidade para, dirigindo-se ao bastonário da OM, chamar a atenção para a necessidade de “promover mais a ética na Medicina, na relação médico/doente e na relação entre médicos. Na sua opinião, sem que isso aconteça, não será possível melhorar tanto como desejado.

Ezequiel Barros, presidente da SPORL, não deixou de agradecer ao presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, presente na cerimónia, a forma como o município acolheu este Congresso, tendo-lhe entregue a medalha da SPORL pelo “esforço que fez para colocar de pé” o evento.


Artur Condé, Joaquim Faria e Almeida, José Maria Costa, Ezequiel Barros, Miguel Guimarães e António Franklim Ramos.


Podem ser consultadas mais fotos do 64.º Congresso da SPORL aqui.




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