A UCFD Dão Lafões é recente, mas a dedicação aos diabéticos tem mais de dez anos

A região Dão Lafões tem-se empenhado em seguir as orientações da Direção-Geral da Saúde nos vários níveis de cuidados. Há mais de dez anos que os cuidados de saúde primários iniciaram as consultas autónomas de Diabetes Mellitus e que o atual Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) criou a Unidade Integrada da Diabetes. Uma experiência de muitos anos, que agilizou a criação da UCFD, otimizando a ligação entre os CSP e os cuidados hospitalares.

Adelaide foi ao rastreio de retinopatia diabética na USF Viriato, em Viseu. Trata-se de uma das principais complicações da diabetes, cujas consequências ao nível da visão poderão ir, em última instância, até à cegueira. Para evitar essa situação limite, o rastreio da retinopatia diabética deve ser realizado com uma periodicidade anual e o mais próximo possível do local onde vivem e trabalham os diabéticos.

O arranque da UCFD Dão Lafões, em 2013, permitiu agilizar o processo de contratualização da retinografia, de modo a que a sua realização pudesse ser retomada em todos os concelhos da área de influência da região Dão Lafões. “A técnica percorre os vários concelhos e consegue assim rastrear a população, de acordo com o indicado nas guidelines”, aponta Daniela Moreira, coordenadora da UCFD Dão Lafões.

Apesar de a unidade ser recente, há mais de dez anos que a região de Viseu se dedica à luta contra a diabetes. “Nos CSP, sempre lutámos pela prevenção primária e secundária desta doença, ou não acompanhássemos a maioria dos diabéticos tipo 2.” A criação da UCFD veio reforçar, assim, “o contacto mais próximo com o hospital e a partilha de saberes e práticas, de modo a conhecermos melhor o trabalho que fazemos”, salienta Daniela Moreira.

A coordenadora da UCFD Dão Lafões é também médica de família na USF Viriato e realça o apoio aos diabéticos, que foi otimizado com o alargamento da consulta autónoma da diabetes. “Prestamos a maioria dos cuidados, como, por exemplo, a avaliação e o tratamento do pé dos diabéticos, de modo a evitar complicações, e só os casos mais graves é que são referenciados para a UID do Centro Hospitalar Tondela-Viseu”, explica.

Mas relembra: “Sempre demos atenção a estes doentes, porque se trata de uma patologia crónica que pode ter subjacentes várias comorbilidades. O acompanhamento que se faz atualmente nas consultas autónomas já antes era uma prática.”



A Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes de Dão Lafões é tema de reportagem na edição de abril do Jornal Médico.

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