Acordo entre Governo e Indústria pode melhorar acesso a novos medicamentos

Medicamentos cada vez mais eficazes estão a chegar ao mercado. Contudo, de acordo com Eurico Castro Alves, presidente do Infarmed, é importante estabelecer uma relação entre os vários intervenientes – Governo e indústria farmacêutica (IF), de forma a garantir a equidade do acesso.

Durante a sessão de abertura da Conferência “Investimento & Inovação na Saúde: Promessas e Desafios”, que contou também com a participação de João Almeida Lopes, presidente da Apifarma, Eurico Castro Alves referiu ser notável o esforço conjugado da Ciência e da IF, no investimento em investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores, mais eficazes, que salvam vidas ou lhes dão mais qualidade.

“Esta chegada de novos fármacos ao mercado está a colocar uma enorme pressão sobre os orçamentos dos países e das famílias”, referiu. E desenvolveu: “A sustentabilidade do sistema poderá estar em causa. Não é possível manter as mesmas regras no mercado do medicamento, quando os pressupostos se alteram tanto e tão rapidamente.”

No seu entender, é urgente trabalhar-se num “novo paradigma para o setor do medicamento”, que garanta não apenas a sustentabilidade dos sistemas de saúde, mas também recursos para a continuidade da investigação e do desenvolvimento de novas substâncias.

Para si, isto passa pelo estabelecimento de parcerias. “O setor do medicamento necessita de inovação também no relacionamento entre os vários intervenientes”, disse.

E concluiu: “É necessário envolver de forma criativa todas as partes. Terá de haver também muita inovação na área da relação entre a legislação, a supervisão e o controlo.”



A Conferência “Investimento & Inovação na Saúde: Promessas e Desafios” realizou-se esta semana, no Centro Cultural de Belém, e inseriu-se na 3.ª edição do Ciclo de Conferências “Saber Investir Saber Inovar”.

A presidente do Instituto de Medicina Molecular (IMM), Maria do Carmo Fonseca, foi responsável pela conferência “O valor da inovação – uma visão para o futuro”. Houve, ainda, uma mesa-redonda, subordinada ao tema “Investimento e inovação na saúde – Um caminho para Portugal”, que contou com a moderação de Cristina Campos, vice-presidente da Apifarma.

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