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APIC celebra 40 anos da angioplastia coronária com homenagem a Ricardo Seabra Gomes

A Cardiologia de Intervenção está a celebrar os 40 anos da primeira angioplastia coronária, efetuada, em 1977, por Andreas Gruntzing, e também os 25 anos da primeira angioplastia por via radial, realizada por Ferdinand Kiemeneij.

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai recordar as duas datas durante a sua Reunião Anual, que terá lugar de 16 a 18 de novembro, em Troia.

Na sessão de comemoração que vai ter lugar, estarão presentes Bernard Meyer, “braço direito” de Andreas Gruntzing, e o próprio Ferdinand Kiemeneij. Na ocasião, será também homenageado o pioneiro português Ricardo Seabra Gomes que, em 1986, fez a primeira angioplastia em Portugal.

“40 anos é muito tempo, mas parece pouco para toda a evolução que houve nesta área”, refere António Fiarresga, presidente da Reunião Anual da APIC 2017, em declarações à Just News.



Profissão com "algum desgaste e risco"

Afirmando que organizar e presidir a este evento é, para si, “um desafio que encara com muito gosto”, o cardiologista de intervenção do Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Marta, Centro Hospitalar Lisboa Central, avança que a edição deste ano vai centrar-se não só nos “novos desafios” técnicos e científicos, mas também nas questões socioprofissionais que a comunidade enfrenta.  

“Vamos ter uma sessão dedicada a este assunto. Temos uma profissão de algum desgaste e risco e vamos debater a forma como isso pode ser reconhecido, uma vez que, até à data, tem sido esquecido”, observa.

E continua: “Julgámos ser o momento de nos virarmos um pouco para nós. À semelhança do que têm sido as últimas edições, mas também para contrastar com a do próximo ano, em que pretendemos ter uma reunião mais voltada para a comunidade em geral.”

Segundo refere, os cardiologistas de intervenção enfrentam muitos desafios a nível profissional, que se prendem, por exemplo, com o contacto com a radiação, o trabalho noturno, ou o stress inerente a uma atividade que lida com uma patologia que, apesar de todas as evoluções, ainda é mortal.



“Temos uma profissão de desgaste rápido, com algumas insuficiências no seu reconhecimento e que merece mais atenção da nossa parte e de quem nos tutela. Cabe-nos também a nós, enquanto Associação, ajudar a identificar o problema e a fazer chegar a quem de direito a necessidade de encontrar soluções que o possam minorar ou uma forma de compensar os profissionais envolvidos ”, afirma António Fiarresga.

Quanto à vertente científica da reunião, que envolverá todos os centros de cardiologia de intervenção nacionais, lembra que se trata de uma área que se encontra numa rápida e constante evolução, pretendendo-se abordar a generalidade dos principais temas.

“Neste momento, temos um conjunto de atividades que estão claramente consolidadas e que fazem parte da nossa rotina diária. Porém, temos outras áreas, nomeadamente a da cardiopatia estrutural, que estão em fase de crescimento, de evolução e de maturação, o que nos obriga a encará-las numa perspetiva de maior empenho, uma vez que estamos a iniciar a curva de aprendizagem em muitas novas tecnologias”, explica.



O programa da Reunião Anual da APIC 2017 incluirá dois workshops -- um especialmente dirigido a médicos de família e um segundo sobre técnicas de imagem --, uma sessão luso-brasileira e apresentações que envolvem especialistas italianos e com quem a APIC “mantém uma boa relação institucional”.


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