Congresso Europeu de Hipertensão: Portugal vai acolher simpósio «da maior importância»
Em declarações à Just News, Manuel de Carvalho Rodrigues, eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão para o biénio 2017-2019, afirma que, depois dos dois últimos mandatos – da responsabilidade de Fernando Pinto e de José Mesquita Bastos –, que reforçaram a luta contra o sal, pretende dedicar os próximos dois anos à adesão ao tratamento dos fatores de risco cardiovasculares, um dos quais a hipertensão.
O cardiologista, que tomará posse como presidente em fevereiro, adianta que, tendo em conta a meta a que se propõe, realizar-se-á, em Lisboa, no dia 8 de abril de 2017, um simpósio satélite que decorre no âmbito do Congresso Europeu de Hipertensão de Milão de 2017, que terá como tema central “Monotherapeutics vs Politherapeutics on Global Cardiovascular risk – From Science to Public Health”.
“Trata-se de um evento da maior importância, não só por ser a primeira vez que é atribuído a Portugal e à SPH esta magnífica oportunidade da realização de um simpósio satélite de um congresso europeu como pela projeção nacional e internacional do mesmo”, afirma.
O assistente hospitalar de Cardiologia do Hospital Pero da Covilhã/Centro Hospitalar Cova da Beira e professor da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior refere que espera poder contar com a presença de especialistas de renome, bem como autoridades nacionais relacionadas com a área do medicamento.
Identificar parceiros e desenvolver projetos
Menciona ainda que uma das prioridades para o seu mandato como presidente passará pela identificação “bem precisa” de quem serão os parceiros alvo com os quais a nova Direção pretende não só aprofundar e estreitar laços como desenvolver parcerias e projetos comuns.
Nesse sentido, Manuel de Carvalho Rodrigues espera poder contar com uma Comissão Temporária das Relações Internacionais (estatutariamente, trata-se de uma comissão de ajuda ao presidente numa área específica).
O presidente eleito da SPH adianta que, neste momento, estão acertadas, e com temas já definidos, duas ações (uma europeia e outra transcontinental) que serão divulgadas “a seu tempo”.
Incentivo à participação dos investigadores
Quanto à política interna da SPH, Manuel de Carvalho Rodrigues refere que pretende apostar no reforço de uma clarificação do público-alvo para os vários eventos da Sociedade e na renovação dos seus quadros (a qual se fará já sentir nos próximos órgãos sociais).
Além disso, quer dar a conhecer a SPH e estimular a participação dos investigadores e profissionais de saúde em geral nas atividades da Sociedade e manter como nuclear a área da formação e ensino, pelo que é também sua intenção criar uma Comissão Temporária de Investigação e de Ensino.
De 9 a 12 de fevereiro realiza-se, em Vilamoura, o 11.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global. O evento, presidido por Cristina Alcântara, atual tesoureira da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), terá pela primeira vez a colaboração das sociedades Eslovena e Romena de Hipertensão. 
Cristina Alcântara e Manuel de Carvalho Rodrigues.
Questionado sobre as suas expectativas para este evento, Manuel de Carvalho Rodrigues afirma que “certamente mais não será do que a continuidade do sucesso já alcançado nas edições anteriores, não só no excecional nível científico a que já nos habituou, como no elevadíssimo número de inscritos e de submissão de abstracts”.
Faz também questão de salientar o “extraordinário” envolvimento e participação ativa nos congressos anteriores dos médicos mais jovens e a qual acredita "que se irá manter, ou até aumentar, neste congresso".
