Cardiologistas querem melhorar a prevenção cardiovascular na Europa

O Prevention Implementation Committee (PIC) da Associação Europeia de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular (AEPRC), ramo da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC), organizou, em Lisboa, um workshop com todos os coordenadores nacionais europeus, delegados pelas respetivas sociedades científicas.

A necessidade de uma maior divulgação e ação sobre os fatores de risco para a doença cardiovascular, nomeadamente através das escolas e dos profissionais de saúde e, ainda, uma maior intervenção a nível político, são algumas das conclusões retiradas.



A iniciativa decorreu no âmbito do EuroPRevent 2015, reunião anual da AEPRC, este ano realizada em Lisboa. De acordo com Ana Abreu, cardiologista portuguesa e membro do PIC, o grande objetivo passou por debater e encontrar estratégias que melhorem a implementação das recomendações científicas, expressas nas guidelines da SEC para a prevenção cardiovascular nos vários países.

“Discutimos os obstáculos para a prevenção cardiovascular que existe em cada um dos países. Cada coordenador tentou desenvolver estratégias que permitam ultrapassar as dificuldades”, referiu Ana Abreu, também, atualmente, coordenadora do Grupo de Estudo de Fisiopatologia do Esforço e Reabilitação Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

Segundo afirmou, em Portugal, assim como em muitos países europeus, presentemente, a grande problemática passa pela obesidade e diabetes com números assustadores. Contudo, não podemos esquecer outros fatores, como a hipertensão arterial e o tabagismo, para os quais se têm desenvolvido várias ações, como o caso da legislação em relação à quantidade de sal no pão e à proibição de fumar em determinados locais públicos.

O sedentarismo, outro problema, está hoje, segundo indica, muito melhorado, devido a um conjunto de estratégias que têm vindo a ser implementadas.

Ao ser questionada, a cardiologista indicou que as maiores dificuldades dos países variam um pouco por toda a Europa. “Formam-se vários grupos de coordenadores com problemas semelhantes.”

Ana Abreu, uma das organizadoras do workshop, em conjunto com Joep Perck, que preside ao PIC, e Trine Karlsen, membro do mesmo, explicou que anualmente, durante o EuroPRevent, é realizada uma reunião com os coordenadores nacionais europeus, contudo, sem esta dimensão.

“Este foi o primeiro workshop europeu de coordenadores para a implementação de prevenção. O PIC convidou o responsável de cada país a participar, tendo elaborado previamente um questionário enviado por email, respeitante a dificuldades e estratégias”, desenvolveu, acrescentando que, durante o encontro, foi feito um debate em torno desses resultados.

O PIC está agora a elaborar um documento com as conclusões do workshop e melhores estratégias de prevenção. Este será assinado pelos três membros do PIC responsáveis pela iniciativa e será publicado, dentro de cerca de um mês, no portal da Associação Europeia de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular.



O workshop foi moderado e presidido por Fausto Pinto, presidente da SEC, e por Antonio Pelliccia, presidente da AEPRC, também eles, segundo Ana Abreu, “muito interessados e empenhados em tentar incentivar e estabelecer na prática as medidas consideradas fundamentais para a prevenção cardiovascular na Europa”.





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