CHLN: Processo clínico eletrónico «marca novo ciclo de investimento em sistemas de informação»

Após três anos de investimentos intensivos, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) obteve aprovação, por parte da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), da sua candidatura ao projeto “PCE - Processo Clínico Eletrónico”. Carlos Martins, presidente do Conselho de Administração da instituição, acredita que este projeto “vem marcar um novo ciclo de investimento em sistemas de informação”, promovendo a disponibilização de novas funcionalidades aplicacionais aos profissionais do CHLN.

“A complexidade e especificidade de implementação deste projeto em cerca de 60 serviços clínicos faz com que tenhamos previsto o seu terminus para o ano de 2018”, adianta, acrescentando que, nesta altura, o CHLN estará devidamente dotado de um sistema que revolucionará os procedimentos associados à prestação de cuidados médicos diferenciados, resultando em “significativos ganhos em saúde”.



Carlos Martins conta que, no início de 2013, após avaliação da situação e das capacidades instaladas, a instituição que dirige decidiu iniciar um processo de “rigorosa análise” das opções quanto a um modelo de investimento, faseado e sustentado, nas tecnologias e sistemas de informação do CHLN.

“Os então enormes constrangimentos em matéria financeira, assim como a inexistência, à data, de linhas de financiamento externo, obrigaram a validar opções e a definir prioridades”, relata aquele responsável.

O responsável menciona que, “de forma transparente, a instituição passou a saber anualmente, através de planos publicados, o quê, quando e quanto iria ser investido no CHLN, processo que contou, desde o primeiro momento, com a participação dos dirigentes e das chefias, assim como passou a ter uma estratégia de parcerias internas e externas, procurando-se alavancar mais novas oportunidades de inovação”.

Segundo refere, ao longo dos últimos dois anos, o CHLN decidiu investir aproximadamente 4 milhões de euros, no âmbito dos planos e estratégias aprovadas pelo Conselho de Administração, o que “sublinha, de forma clara”, a importância que dedica às novas tecnologias e aos sistemas de informação.



“Este investimento, estrutural e estruturante, tem vindo a aperfeiçoar as ferramentas que possibilitam tangíveis ganhos em saúde, centrados no utente, e igualmente reforçar a gestão hospitalar, através do acréscimo de fluidez no circuito dos procedimentos, na segurança, fiabilidade e adequada partilha dos dados, com eficazes repercussões na prestação dos cuidados de saúde", indica.

Considera, por isso, o presidente do Conselho de Administração do CHLN que este é, "efetivamente, um dos investimentos que, inegavelmente, contribui para a promoção da acessibilidade, preconizada no Plano Nacional de Saúde, que justamente se centra, entre outras premissas, na valorização dos sistemas de informação e monitorização do acesso e na promoção de estratégias de articulação entre os diferentes níveis de cuidados de saúde".

Conclui mencionando que os investimentos efetuados foram compensados por significativas poupanças alcançadas nas negociações contratuais dos serviços de voz e dados. “As renovações informáticas foram efetivas, não só em termos de espaço (físico e virtual) como também nas poupanças em termos energéticos e de mão-de-obra.”

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