Curso de iniciação à especialidade de Ginecologia/Obstetrícia volta a ter 100% de adesão

Mais uma vez, o Curso de Iniciação à Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia (iGO) repetiu o que já vem sendo tradição – chamar todos os internos do 1.º ano da especialidade do país a participar. Esta edição ocorreu de 29 de janeiro a 2 de fevereiro, na Escola de Medicina da Universidade do Minho.



“Ano após ano, temos contado com a presença de todos os internos que entram na especialidade nesse ano”, garante, com orgulho, Cristina Nogueira-Silva, coordenadora da Comissão Organizadora, que integra mais quatro colegas (Alexandra Miranda, Pedro Brandão, Vanessa Silva e Vera Trocado) e seis coordenadores de dia (Maria João Carvalho, Miguel Branco, Nuno Nogueira Martins, Ricardo Santos, Rui Miguelote e Susana Santo).

Este ano, pode dizer-se que a participação total não foi exceção. Apesar de terem ingressado na especialidade de Ginecologia/Obstetrícia, em janeiro de 2024, 67 médicos, um deles não se apresentou no Serviço, pelo que, “nesta 5.ª edição, participaram no evento os 66 internos do 1.º ano, de 32 instituições diferentes, com idoneidade formativa”.

Apesar de não ter carácter obrigatório, este é “um curso de frequência fortemente recomendada pelo Colégio da Especialidade, que os próprios internos reconhecem ser extremamente importante para a sua formação”.


Cristina Nogueira-Silva

Esta edição juntou, ao longo de cinco dias, 81 formadores, de 37 afiliações nacionais, cumprindo o propósito primordial do evento, de “fornecer bases teóricas e práticas aos colegas a iniciar a sua formação, consistindo num curso intensivo em que se abordam aspetos úteis para o início do seu percurso profissional”.

O curso é um evento da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG), que Cristina Nogueira-Silva define como “uma iniciativa única em que a Ginecologia e Obstetrícia portuguesa se congrega para receber de forma didática e pragmática os seus internos do 1.º ano”.



"Atividades de simulação e ferramentas de trabalho úteis à prática clínica diária”

Com uma componente teórica realizada habitualmente durante as manhãs, a parte prática fica reservada para as tardes. São ainda disponibilizadas numa drive duas ferramentas de trabalho muito úteis para a prática clínica diária – cábulas e vídeos do dia.

Como a médica, que é especialista da ULS de Braga, explica, as cábulas traduzem-se num “conjunto de anotações a que os internos devem ter rápido acesso, com mensagens importantes, relativas a temáticas como as dos contracetivos orais disponíveis em Portugal ou os critérios ecográficos de gravidez não evolutiva”.



Já os vídeos correspondem a “um leque de técnicas nos quais terão de desenvolver competência, como a colocação e remoção de um dispositivo intrauterino ou implante contracetivo, ou a realização de um nó cirúrgico manual”.

O programa do curso está organizado por temas, contemplando um dia para cada grande área − Ginecologia Base, Obstetrícia Base, Técnicas em Ginecologia e Obstetrícia, e Urgência. De forma inédita, este ano, a parte prática do dia dedicado à Urgência em Ginecologia foi realizada com recurso à simulação com pacientes estandardizados, ou seja, mulheres treinadas para serem pacientes com histórias clínicas pré-definidas.



“Enquanto uns internos colhiam a história clínica, como se estivessem em ambiente de consulta de urgência, os colegas assistiam na sala de controlo à transmissão da consulta e avaliavam as competências de comunicação e de colheita de história, realizando-se no final um momento de debriefing”, indica a coordenadora da Comissão Organizadora.

E acrescenta que decidiram avançar para esta dinâmica por corresponder ao modelo de exame prático que os internos terão de realizar no futuro, aquando da avaliação final da especialidade. Nesse sentido, “é muito bom se puderem ter, desde o início, uma experiência de treino deste tipo”.   

O evento termina com um Módulo Final, onde está incluída a avaliação dos conhecimentos adquiridos ao longo da semana.



A realização no timing certo “para dotar os internos de competências que se entendem essenciais"

Organizado pela primeira vez em 2020, cerca de um mês antes do surgimento da pandemia de covid-19 em Portugal, só em 2021 é que foi realizado em formato digital, tendo sido posteriormente recuperada a configuração presencial.

Este curso é realizado tradicionalmente no início do primeiro ano – explica Cristina Nogueira-Silva – “para dotar, desde cedo, os internos de competências que se entendem essenciais para quem chega a esta especialidade”.



A transição de janeiro para fevereiro é o período que consideram mais adequado, de forma a permitir que, durante as primeiras semanas do ano, “os internos possam estar nos seus serviços, conhecer os colegas e compreender as necessidades de estudo e de competências a adquirir”.

O apoio científico da FSPOG estende-se ainda a nível económico, que, juntamente com o apoio da indústria, cobre grande parte do valor das despesas associadas, permitindo um valor de inscrição no evento mais atrativo e aceitável para os internos.



Também a Escola de Medicina da Universidade do Minho, na sua missão de formação pré e pós-graduada, apoia fortemente este evento, cedendo todos os espaços e simuladores de forma gratuita. Este curso conta ainda com o apoio científico do Colégio da Especialidade de Gin/Obst da Ordem dos Médicos e da PONTOG.

 

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