DGS apresentou relatório sobre a saúde dos portugueses

A Direção-Geral da Saúde (DGS) deu hoje a conhecer, através do seu diretor-geral, Francisco George, o relatório "A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015". O documento evidencia, nomeadamente, o impacto que as doenças crónicas não transmissíveis "passaram a representar". A sessão pública contou com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e de vários intervenientes e decisores no âmbito da saúde.



As conclusões deste relatório, que traça o perfil da saúde dos cidadãos residentes em Portugal, "apontam para a evolução positiva dos indicadores de Saúde" e o aumento do número de anos de vida saudável, bem como uma "clara melhoria" no que se refere à evitabilidade da morte antes dos 70 anos de idade.

Contudo, o documento salienta que são muitos os autores que consideram que 25% das causas da morte prematura podem ser evitadas, "motivo pelo qual reduzir a morte prematura constitui o principal desafio do atual Plano Nacional de Saúde 2020".



A incidência das doenças crónicas não transmissíveis

O relatório adianta que, em termos de morbilidade, 85% da carga da doença corresponde a doenças crónicas, 9% a lesões e apenas 6% a outras condições, nomeadamente infeções das vias respiratórias superiores e VIH/SIDA. E é observado que "esta disparidade traduz um fenómeno comum a muitos países europeus, designado como transição epidemiológica devido à importância relativa assumida pelas doenças crónicas não transmissíveis, quando comparada com a expressão reduzida de doenças infecciosas".

Em termos de morbilidade, incapacidade e morte prematura, as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias e as perturbações músculo-esqueléticas são aquelas que mais se destacam relativamente ao impacto que têm sobre a população portuguesa.

Nas conclusões pode ler-se que "é notório o peso relativo (burden) que as doenças crónicas não transmissíveis passaram a representar", sendo que "o grande desafio é saber, em termos prospetivos, qual o futuro a médio e longo prazo para a evolução das doenças oncológicas, das doenças cérebro e cardiovasculares e da diabetes." E fica o alerta: "Impõem-se medidas que visem desacelerar as curvas epidémicas crescentes e, em alguns casos, descontroladas."







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