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Farmacêuticos hospitalares com «papel imprescindível» na área dos novos fármacos

A área dos novos medicamentos, frequentemente apelidados de inovadores, é das que mais desafios traz aos farmacêuticos hospitalares, segundo António Melo Gouveia, presidente do Colégio da Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos. 



O responsável realçou, à margem das X Jornadas de Farmácia Hospitalar, organizadas pela Ordem dos Farmacêuticos, em Lisboa, que “o farmacêutico hospitalar tem um papel imprescindível numa equipa de saúde, ajudando os médicos a usar da melhor maneira os novos fármacos”. 

Durante o evento, que teve como tema central “Novos caminhos para os desafios de hoje”, o diretor do Serviço Farmacêutico do IPO Lisboa falou à Just News da realidade que a profissão enfrenta, hoje em dia, por exemplo, na área da Oncologia.



“Muitos fármacos novos são aprovados nas fases precoces da investigação, por mostrarem ser essenciais em doenças terríveis como o cancro, o que nos obriga a descobrir e a aprender a lidar com reações adversas que não foram detetadas no ambiente controlado dos ensaios clínicos”, apontou.

Referiu mesmo que, perante este tipo de situações, “os farmacêuticos hospitalares têm de se reinventar e encontrar soluções”.


Comissão Organizadora das Jornadas: Uma equipa dinâmica constituída por Sameiro Lemos, Florbela Braga, António Melo Gouveia, Ondina Martins, Liliane Pinheiro, Clementina Varela, João Rijo e Paula Campos

Burocracia "prejudica o desempenho"

Relativamente aos recursos humanos e materiais, António Melo Gouveia afirmou que “nunca são suficientes”. O maior problema está, no seu entender, na burocracia: “Se falta uma pessoa – por exemplo, por licença de maternidade -, exigem-se muitos passos burocráticos, o que na prática reduz as equipas e prejudica o desempenho, com impacto nas demoras que os doentes sentem."

No que diz respeito aos medicamentos, esclarece que também não é fácil o processo de aquisição e que, "muitas vezes, o que condiciona o acesso não é a vontade ou o dinheiro, mas sim a burocracia".



A infeciologia foi outra temática em destaque no evento, com António Melo Gouveia a mostrar-se preocupado com o problema da resistência a antimicrobianos:

“É uma questão que está na ordem do dia, Portugal, felizmente, está a dar passos importantes – embora nem sempre muito bem estruturados; é fundamental refletir sobre uma problemática que afeta cada vez mais a nossa sociedade.”



No final da reunião, e dado o interesse dos participantes e a qualidade das intervenções, o presidente do colégio da Especialidade de Farmácia Hospitalar mostrou-se bastante satisfeito com os resultados das X Jornadas de Farmácia Hospitalar.




Distribuído de forma transversal nas unidades hospitalares do SNS de todo o país, o jornal Hospital Público promove a partilha de boas práticas, processos de melhoria contínua, projetos inovadores e iniciativas implementadas por profissionais dos hospitais públicos.

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