Internos de Medicina Intensiva reúnem-se no Porto para debater «o Tórax do Intensivista»

É já dias 15 e 16 de setembro que se realiza o 3.º Encontro Nacional de Internos de Medicina Intensiva (ENIMINT). "Vamos estar focados na patologia torácica do doente crítico", afirma Joana Cabrita, presidente da Comissão Organizadora e responsável pela coordenação do evento.

Em declarações à Just News, a médica interna explica que "a Comissão Organizadora encontrou no título ´O Tórax do Intensivista` um bom mote para despertar a curiosidade sobre o Encontro. A escolha do tema baseou-se na reunião de diversos tópicos que, do ponto de vista dos médicos internos, mereciam ser discutidos em congresso e que tinham em comum a sua localização anatómica: o tórax".



Internos com vontade em "desenvolver projetos entre si"

O ENIMINT, cuja 3.ª edição se realiza este mês, tem a particularidade de ter arrancado em período de plena pandemia, em 2021, na altura necessariamente em formato online. Para Joana Cabrita, tal é revelador da resiliência destes médicos internos e do seu empenho em impulsionar a especialidade ao longo destes últimos anos:

"Tanto a Associação de Internos de Medicina Intensiva - AIMINT, criada em 2019, como o Encontro são recentes, uma vez que a especialidade de Medicina Intensiva enquanto especialidade primária também o é (2015)."

Na sua opinião, desde então, até à organização do 3.º ENIMI, que a proatividade dos seus elementos tem dado um importante contributo para que a especialidade cresça de forma ativa em Portugal.

Atualmente, e após "termos atravessado uma pandemia que tanto impacto teve na Medicina Intensiva, com o afastamento físico a que a mesma obrigou", a presidente da Comissão Organizadora indica que tal pode ter funcionado como um fator acrescido para impulsionar a especialidade: "Os médicos internos de Medicina Intensiva estão com uma grande vontade em estar próximos e desenvolver projetos entre si."


Joana Cabrita

Medicina Intensiva de todo o país

Esta dinâmica é também visível na constituição das Comissões Organizadora e Científica deste 3.º Congresso, já que representam uma grande diversidade de unidades hospitalares do país. 

Joana Cabrita, que é interna de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, confirma isso mesmo: "Desde logo foi uma prioridade envolver colegas de diversos pontos do país, na medida em que este é um congresso de todos e para todos os médicos internos de formação especializada em Medicina Intensiva".

Desta forma, através de "candidaturas espontâneas dos colegas", a médica esclarece que foi possível reunir "uma equipa bastante heterogénea", não tendo sido difícil reunir o número necessários de elementos: "Felizmente tivemos uma boa adesão, para a qual penso que terá contribuído o feedback positivo que tivemos relativamente à última edição do ENIMINT, que decorreu em Lisboa."


Elementos da Comissão Organizadora do 3.º ENIMINT

Uma geração de intensivistas com um grande foco em "formação de qualidade"

Convidada a identificar um aspeto que caracterize de alguma forma os futuros especialistas em Medicina Intensiva, Joana Cabrita destaca a "capacidade de mobilização e de procura por formação de qualidade desta nova geração."

Sobre o conteúdo programático da edição deste ano, Joana Cabrita destaca, além de sessões plenárias e de cursos peri-congresso, "oito workshops de diferentes temas na Medicina Intensiva – como são exemplo os workshops de terapêutica de substituição da função renal e de antibioterapia em infeções torácicas – quatro no primeiro dia e quatro no segundo".

E como tem corrido a adesão ao Congresso? "Bastante bem", assegura Joana Cabrita, sendo que "neste momento os workshops já estão, aliás, esgotados em termos de vagas". É possível, no entanto, ainda ter acesso aos dois dias do ENIMINT e "às inúmeras sessões plenárias!"


A inscrição pode ser efetuada aqui.



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