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Medicina da Dor: FMUC volta a ter pós-graduação para médicos

Até 20 de setembro estão abertas as inscrições para a Pós-Graduação Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). Os destinatários são médicos das diferentes especialidades, porque é “essencial adquirir um conhecimento mais aprofundado de um problema de saúde que afeta muitas pessoas e que põe em causa a saúde e o bem-estar”, segundo Marília Dourado, professora responsável pelo curso.

Em 2011, Marília Dourado abraçou o projeto de organizar uma pós-graduação em Medicina da Dor. Após alguns anos sem qualquer edição, e de ”uma reflexão profunda”, reajustes aos horários e conteúdos às necessidades dos médicos, este ano, a FMUC volta a apostar na formação nesta área.

“É fundamental saber dar resposta à dor, a principal manifestação que põe em causa a qualidade de vida da pessoa, inclusive a sua própria autonomia, nos casos mais graves”, disse Marília Dourado.

Como acrescenta: “A dor crónica é muito frequente entre nós (cerca de 40% da população em geral e 75% dos idosos), o que representa um grande ‘peso’ para os serviços de saúde e para o SNS em particular, pelo que a formação de médicos para a sua correta abordagem é muito importante.”



E é nesse sentido que estão abertas as inscrições para médicos de diferentes especialidades, para que possam dar “uma resposta mais adequada aos doentes e, ao mesmo tempo, alertá-los para o papel fundamental que devem assumir na sensibilização dos utentes, de que a dor não tem que ser uma inevitabilidade e que, por isso, se deve procurar tratamento”.

A responsável faz questão ainda de frisar que “os clínicos devem procurar transmitir a ideia de que, mesmo nas situações mais graves, é possível diminuir o impacto deste sintoma”.

Contudo, sem falsas promessas. “Nem sempre se vai conseguir eliminar por completo os quadros álgicos, mas há sempre algo a fazer, para baixar a intensidade da dor, otimizar o estado de saúde e para se promover a autonomia.”

Com a duração de um ano, os alunos irão aprofundar o conhecimento sobre a epidemiologia, a neurobiologia e os mecanismos fisiopatológicos, sobre as diversas opções terapêuticas, não só farmacológicas, da dor e também sobre os aspetos legais, éticos e de investigação. No final, propõe-se a elaboração de uma proposta de trabalho-investigação em Medicina da dor.

Podem ser consultadas mais informações aqui.

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