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Colóquio do Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação do CHTS promete «abrir horizontes»

Está agendado para dias 22 e 23 de novembro o 2.º Colóquio do Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação (NER) do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS). Rui Sousa, da Comissão Organizadora do Colóquio, salienta a participação de enfermeiros de variadas unidades hospitalares do país, "que trarão contributos preciosos e inspiradores para todos".

De acordo com o enfermeiro, foi assumido como "principal desígnio" deste evento "abrir horizontes através da partilha do conhecimento científico produzido/utilizado por enfermeiros de Reabilitação, reconhecidamente peritos nas suas áreas de intervenção".

Desta forma, pretende-se que o programa vá ao encontro "das necessidades de desenvolvimento e aprendizagem dos enfermeiros de Reabilitação, não só nas áreas de intervenção mais habituais, como também explorar conteúdos menos comuns".

Adianta ainda que o evento terá também a participação de palestrantes estrangeiros "para partilhar connosco as suas experiências em áreas onde já têm um percurso assinalável".

Também Brígida Cavadas, que igualmente integra a Comissão Organizadora do Colóquio, reforça a importância desta ampla troca de ideias: "Estamos convictos de que a apresentação de projetos planeados e executados por colegas que promovem a melhoria da qualidade assistencial ao doente são excelentes oportunidades de aprendizagem para outros enfermeiros de Reabilitação, não obstante a sua nacionalidade, o seu percurso profissional e nem mesmo o seu vínculo profissional ao setor público ou privado."

E acrescenta: "Não é o nosso contexto que nos define, mas sim a diferença que nós, como enfermeiros de Reabilitação, fazemos na vida das pessoas com doenças agudas, crónicas ou com as suas sequelas a maximizar o seu potencial funcional e independência."



"Emergência da Consulta de Fraturas de Fragilidade"

Naturalmente, também haverá espaço na reunião para a partilha de experiências dos próprios enfermeiros de Reabilitação do CHTS. É o caso de Raquel Files, que irá abordar o papel da Enfermagem de Reabilitação para o sucesso da Consulta de Fraturas de Fragilidade, uma valência criada no CHTS há um ano, como resultado de um trabalho conjunto entre os serviços de Ortopedia e de Reumatologia.

Fazendo questão de destacar o papel, em Portugal, da enfermeira Andrea Marques na dinamização desta consulta, Raquel Files indica à Just News qual a situação atual no CHTS: "Nesta fase, sinalizamos os doentes que sofreram fraturas de fragilidade da anca e ficaram internados no Serviço de Ortopedia do CHTS, sendo que o que se pretende é, no futuro, alargar o âmbito a outras fraturas".

Desta forma, a todos os doentes que são elegíveis para integrar esta consulta, os enfermeiros de Reabilitação realizam uma avaliação no dia da alta, "ainda no internamento de Ortopedia". Posteriormente, "durante o processo de recuperação, em casa ou numa unidade de cuidados continuados, os doentes são sujeitos a avaliações periódicas e os que estiverem em risco de fazer uma nova fratura são acompanhados durante um período de dois anos".

Raquel Files esclarece ainda "que a família ou os cuidadores informais são envolvidos no processo desde o internamento, para que seja possível fazer um acompanhamento de proximidade, individualizado e que facilite o processo de recuperação e adesão ao regime terapêutico aconselhado".


Rui Sousa, Andrea Dias, Rosa Leão, Brígida Cavadas, Luís Rebelo, Tiago Araújo e Elsa Rodrigues

Núcleo renovado para "fazer face aos vários desafios"

Tendo surgido em 2012, o Núcleo de Enfermeiros de Reabilitação "reemerge em novembro de 2018, após um período de pausa", explica Andrea Dias, da coordenação do NER. E logo dois meses depois o Núcleo realiza a sua primeira reunião, contando com o apoio e envolvimento do enfermeiro diretor do centro hospitalar, José Ribeiro Nunes.

Desde então, tem procurado "unir todos os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação (EEER) na instituição" porque, como refere Andrea Dias, que vai representar o NER na sessão de abertura do Colóquio, esta é uma "estrutura muito útil" nos dias de hoje:

"Numa realidade cada vez mais dinâmica, exige-se ao EEER estar preparado e provido de conhecimentos técnico-científicos atuais e sistematizados, que o orientam para uma prática profissional sustentada, de modo a dar resposta aos mais variados desafios que lhe são impostos."

"Criar ambientes de prática clínica favoráveis"

Luís Rebelo, que integra também o NER, salienta precisamente que o evento que se realiza em novembro é mais uma das várias ações que o NER realiza periodicamente.

"Dinamizamos vários projetos e programas, nos diferentes contextos de prática clínica, centrados no doente, com o propósito da prestação de cuidados de enfermagem de reabilitação seguros e de qualidade, criando ambientes de prática clínica favoráveis", esclarece à Just News.


Qual o resultado? "Aumentam a satisfação dos clientes e ainda valorizam a organização e a própria Enfermagem."

Quanto aos temas a abordar no Colóquio, serão muito diferenciados. A título de exemplo, haverá intervenções sobre "Necessidades em cuidados de Enfermagem de Reabilitação nas pessoas mais velhas e dependentes: repensar os modelos assistenciais?’’, "Ambientes de prática de enfermagem positivos: contributos dos Enfermeiros de Reabilitação", "Uso da eletroestimulação neuromuscular em Cuidados Intensivos" ou "Abordagem do doente coronário isquémico ao longo do programa de reabilitação cardíaca".

O programa da reunião, que decorrerá no Centro Cultural de Marco de Canaveses, dias 22 e 23 de novembro, pode ser consultado aqui.

A incrição pode ser efetuada aqui.

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