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Proatividade de enfermeiros perioperatórios ajudou a «manter a capacidade de resposta»

O risco de infeção é algo comum na prática diária dos enfermeiros perioperatórios, mas a pandemia obrigou à adoção de algumas estratégias excecionais no último ano. Para dar a conhecer algumas delas, estão disponíveis em plataforma digital três dezenas de pósteres, como forma de partilha de experiências.

A iniciativa surge no âmbito do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que é celebrado esta segunda-feira em toda a Europa e que conta com o apoio da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP).

Pelo 16.º ano consecutivo, a AESOP, como membro fundador da European Operating Room Nurses Association - EORNA, associou-se aos colegas europeus nas comemorações deste dia. “Perioperative nurses: TOGETHER WE WILL SUCCEED” é o lema deste ano.



Os enfermeiros perioperatórios foram assim convidados a apresentar cartazes em formato digital para mostrar as mudanças decorrentes do surgimento de um novo vírus.

“O nosso objetivo é divulgar as atividades desenvolvidas, de forma a manter a capacidade de resposta ou melhorar a qualidade dos cuidados prestados à pessoa em situação perioperatória neste particular e desafiante contexto de pandemia", explica Graça Miguel, presidente da AESOP e uma das representantes portuguesas na EORNA.  

Nesse sentido, acrescenta, "fomos inclusive rebuscar o lema do último evento Uma Ideia, uma Mudança!”.


Graça Miguel

Medidas implementadas evidenciam "a enorme capacidade de resiliência"

Dos vários trabalhos apresentados constam experiências de definição de circuitos, conversão de salas de Bloco Operatório, humanização de cuidados a doentes em situação perioperatória, com ou sem infeção por SARS-CoV-2, estratégias de comunicação, teleconsultas, uso de equipamentos de proteção individual, entre outros.

Todas estas experiências estão disponíveis online, podendo-se votar para eleger o vencedor através deste link. São mais de três dezenas os trabalhos que apresentam "as estratégias, alterações e reestruturações desenvolvidas nos diversos contextos" e que evidenciam "a enorme capacidade de adaptação, resiliência, motivação e o importante papel social e contributo da Enfermagem Perioperatória para a saúde e segurança da população em geral".



"Prevenir a infeção e manter a segurança"

Graça Miguel realça ainda, em declarações à Just News, que além de ser importante mostrar “o grande esforço de adaptação dos enfermeiros perioperatórios em ano de pandemia", deve-se relembrar que a preocupação com a infeção e a segurança dos doentes e profissionais faz naturalmente parte das suas funções:

“Veja-se o exemplo da higienização das mãos. Mais uma vez, este vírus veio demonstrar como é muito importante lavar as mãos e mantê-las descontaminadas.”

Outro aspeto que considera ser relevante é a literacia dos doentes que têm que se submeter a uma cirurgia. “As pessoas precisam de ter informação sobre o que podem esperar, os cuidados que devem ter, porque o principal é prevenir a infeção e manter a segurança.”


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